Capítulo VIII

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- Você... O que? – Stephen piscou os olhos algumas vezes depois de sair do transe de vários minutos.

- Eu estou grávida. – Clea suspirou. – Por isso eu vim até aqui procurar por você. Precisávamos conversar, e... Apesar de tudo, você merece saber.

           Ainda perplexo, Stephen continuou a piscar os olhos.

- Eu sei que ainda temos muito o que conversar, mas... Eu não posso deixar que nada aconteça à você. E é bom você saber que se você for sozinho à dimensão dos sonhos e se arriscar dessa maneira, eu...

          Clea não terminou a frase.

- Será que você pode dizer alguma coisa? Está me deixando nervosa.

- Desculpe. Só... – Ele deu alguns passos à frente, olhando-a atentamente. – Você tem certeza disso?

- É claro que sim. Acho que para nós não é tão difícil saber esse tipo de coisa. – Ela olhou para baixo. – E assim que eu soube, eu realmente quis vir até você para contar. Mesmo que... Ainda tenha muitas coisas para resolvermos.

            Clea o olhou.

- E acho que o mais importante no momento é pensarmos que essa criança não pode sofrer nenhuma consequência por nossa causa. Mesmo que ela não seja como qualquer outra criança da terra, nós... Nós precisamos protege-la.

             Stephen sorriu, e finalmente sua ficha caiu. Tocando carinhosamente no rosto de Clea, ele sentiu seus olhos marejarem e então tudo pareceu fazer sentido. Nem mesmo os estudos místicos, nem mesmo as meditações, nada o tinha deixado tão em paz consigo mesmo. Nunca. Mas, naquele momento, ele enfim sabia que tinha algo que faria sua vida valer a pena, que valia lutar por qualquer coisa, e até o momento ele nunca havia pensado realmente em como seria ter uma família outra vez. Agora, ele tinha recebido uma segunda chance em sua vida. A primeira tinha sido após o seu acidente, a chance de mudar sua vida. Agora, em meio à escuridão, em meio à tantas confusões em sua mente, ele recebeu outra chance. De ter motivos para seguir em frente. Apesar de tantas coisas acontecendo, Clea também estava satisfeita por ter contado à ele, e por não precisar passar por isso sozinha mais. E pelo seu rosto satisfeito, ele estava feliz com a notícia. Mas, logo o sorriso dela desapareceu, encarando-o brava.

- Agora me escute bem, Stephen Strange! – Disse apontando o dedo na cara dele, que a olhou assustado. – Se você for à dimensão dos sonhos sozinho por ser tão cabeça dura e algo acontecer com você, eu viajo por todas as dimensões possíveis e por todo o universo só para encontra-lo e tortura-lo pelo resto da eternidade! Você vai me deixar ir com você, e se não quiser fazer isso por mim, faça pelo seu filho!

             Mesmo assustado com a explosão repentina e o dedo de Clea apontado para ele, Stephen aumentou o seu sorriso.

- O que você disse?

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