Capítulo III

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               Normalmente o bom humor de Stephen era medido pela quantidade de cirurgias que ele fazia. Quando seu dia era cheio delas, e todas como sempre terminavam um sucesso, ele claramente ficava de bom humor. Mas, naquele dia em especial, seu bom humor não tinha nada a ver com cirurgias, e sim com uma mulher em especial. A mulher que não saía de seus pensamentos nem por um segundo.

- Está animado hoje, Doutor. – Billy disse quando saíam de uma cirurgia. – Tem alguma cirurgia importante marcada?

- Hoje não, Billy. – Stephen sorriu. – Só... Estou animado.

- E isso tem haver com alguma pessoa em especial?

- Digamos que sim.

            Satisfeito, Stephen caminhou pelo corredor, quando foi parado por um de seus colegas, desesperado.

- Stephen! Ainda bem que te encontrei! Precisamos de você, urgente!

- O que? Por quê?

- Na sala de operações. O estado é grave. Só você pode salvá-lo.

            Ele não esperava ter uma cirurgia às pressas naquela tarde, mas não poderia fugir de seus compromissos. Rapidamente ele seguiu o seu colega e entraram na sala de operações mais uma vez. Para Stephen, realizar uma cirurgia delicada era sempre um desafio, mas de um modo bom. Ele era otimista, sabia que sempre dava o seu melhor e por isso o consideravam um excelente profissional. E sempre que ele se dedicava tanto, sentia orgulho de si mesmo. E mais uma vez ele deu o seu melhor. Salvou um paciente, recebeu elogios e agradecimentos da família. "Você é o melhor". "Não há ninguém como você, Doutor Strange". Tudo isso ele já estava acostumado a ouvir. E depois de passar um dia inteiro pensando em Clea, ele teve algo mais para pensar e se orgulhar. No fim do seu turno, Stephen saiu do hospital com a cabeça erguida, satisfeito por ter feito o que faz de melhor mais uma vez.

            Mas, quando seguia para o seu carro, por pouco não notou uma mulher parada ao seu lado, escorada em um dos carros, encarando-o. Era Clea. Por alguns segundos Stephen apenas a olhou, como se quisesse ter certeza de que ela estava mesmo ali. Mas, quando ela caminhou em sua direção, ele soube que ela estava mesmo ali, para finalizar o seu dia com chave de ouro.

- Oi. – Ele sorriu.

- Oi. – Ela respondeu com a voz suave. – Eu estava procurando por você.

- Mesmo? Podia ter entrado e pedido para me chamarem.

- Não, achei melhor espera-lo aqui. – Ela o encarou por um tempo, como se fosse a primeira vez que o visse. Mas não fazia muito tempo que Stephen a tinha deixado em casa, dormindo, quando saiu para o trabalho. Embora ele também tivesse sentido a falta dela naquele meio tempo.

- Está tudo bem? – Ele perguntou notando-a um pouco distante.

- Sim. – Ela respondeu sorrindo, ou ao menos uma tentativa de sorrir. Não parecia o mesmo sorriso sedutor de antes, embora continuasse sendo uma de suas características favoritas para Stephen.

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