Capítulo II

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            Ele não sabia exatamente o que estava fazendo ali, mas sabia que estava no lugar certo. Se lembrava do que Clea havia falado sobre o bar antes de ir embora, e passou o restante da tarde pensando sobre isso. Seria uma total loucura ir atrás de uma mulher que ele mal conhecia? Talvez. Mas ele sabia que precisava procurar por ela.

- Um uísque, por favor. - Ele pediu quando sentou-se ao balcão. - Sem gelo.

          Enquanto o barman atendia o seu pedido, Stephen olhou em volta procurando pela única mulher que lhe interessava. E não apenas naquela noite. Ele realmente se interessava por ela, e sentia-se um adolescente gostando da garota popular do colégio. Bebeu o seu primeiro uísque da noite. Nenhum sinal de Clea. Pediu o segundo e fez uma ronda pelo bar: nada. No terceiro copo ele já se sentia um idiota, e por pouco não se levantou para ir embora. Mas, quando virou-se para a entrada do bar, a mulher que ele tanto esperava apareceu, tirando o seu casaco e olhando diretamente para ele. Ela sorriu. Stephen não conseguiu disfarçar a satisfação e retribuiu o sorriso. Dessa vez, ele esvaziou seu copo pelo nervosismo. Clea caminhou em direção à ele, e quando se aproximou, Stephen se levantou.

- Pensei que não viesse. - Ele disse admirando-a. Estava ainda mais bonita do que antes.

- Não costumo fugir dos meus compromissos. - Clea respondeu, sentando-se ao lado dele.


*****


            Há tempos Stephen não se sentia tão à vontade em um encontro. Normalmente falava apenas de suas cirurgias, de sua fama, mas preferia deixar que as mulheres falassem sobre suas vidas. Sempre que isso acontecia, elas o achavam mais sensível, e isso sempre lhe dava uma vantagem no fim da noite. Mas com Clea era diferente. Ele não sabia absolutamente nada sobre ela exceto o seu nome, e por ser tão misteriosa, ele estava interessando em saber cada detalhe de sua vida.

- Estava no trabalho quando aconteceu o acidente?

- Não. - Ela respondeu. - Estava apenas caminhando. Gosto de caminhar pela tarde.

- E sua família ficou preocupada? Ou seus amigos?

- Não, sou apenas eu. - Ela sorriu.

- Não havia ninguém para comunicar sobre isso? Para cuidar de você?

- Eu fui bem cuidada no hospital.

           Stephen sorriu.

- Não deveria se sentir mal por saber que sou sozinha, Stephen. Não sou muito diferente de você, não é?

- Bom... Não sou exatamente sozinho.

- Entendo. - Clea riu. - Mas acha que seus encontros frequentes são suficientes para preencher a solidão?

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