Cap. 23 - Sangvari

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Era chegada a hora de se dirigem para o castelo da elfa maior para comemorarem a chegada de Lorde Edwaff e terem uma bela noite de descanso para no dia seguinte pegaram o item no cofre do Anão Zangado e entrega-lo nas mãos dos irmãos Halion, e assim descobrirem o que eles sabiam sobre o suposto artefato que caiu do céu.

Ivoleth cansou de esperar lá fora e resolveu entrar na estalagem, ao entrar passou os olhos na multidão e encontrou Ollef na mesa com os três gatões, e para sua surpresa ele estava bebendo e parecia estar mais alegre que o normal. Antes que fosse até o ébrio jovem mago, ela viu Arleon se dirigindo para o balcão e freou ali mesmo perto da porta e sentiu uma pontada de incomodo da qual não estava preparada ao vê-lo conversando com Lauren.

Enquanto Arleon falava de repente Lauren o puxou e o beijou, por um momento ele retribuiu o beijo, mas logo interrompeu confuso e ela estava lhe olhando com um sorrisinho sem graça.

- Você pode me agradecer depois. – Disse Lauren mais séria ainda o segurando pela gola da camisa.

- Lauren, nós acabamos de falar sobre isso, o que está fazendo? – Ele virou o rosto para falar e quanto voltou o olhar para ela, percebeu que ela estava olhando para a porta, quando ele virou-se para olhar para a saída viu de relance o manto de Ivoleth escapar para fora da Estalagem. – Você não precisava fazer isso, Laúren. – Disse em certo tom de decepção e saiu atrás de Ivoleth.

Ele saiu da taverna olhando para os lados para tentar achar que direção ela tinha tomado e já afastada a viu andando rápido pela rua e correu até ela.

- Ivoleth! – Ele a chamou, mas ela continuou andando – Ivoleth! – Ele insistiu e ela se virou ao perceber que sua voz já estava perto de mais para fingir que não estava escutando. – Onde está indo? – Indagou ele um pouco ofegante.

- Sim? Ah, lugar nenhum, só preciso... Preciso dar uma volta. – Respondeu ela como se nada tivesse visto.

-Não vá sozinha, pode se perder. – Disse ele tentando disfarçar que não estava preocupado com o que ela tinha acabado de ver.

- Não se preocupe, é só uma volta no quarteirão, você pode voltar pra sua... sua... – Ivoleth simplesmente não conseguia dizer o nome da dita cuja ou quem quer que ela fosse para ele.

-Ela é só minha amiga, Ivoleth. – Respondeu Arleon.

-Bem, parecia mais do que isso. – Ivoleth deixou escapar seu incomodo com a cena - Você pode voltar lá, não preciso de um guarda costas o tempo inteiro e você tem que viver sua vida. – Tentou consertar ela falhando terrivelmente.

-Pare com isso, não é nada do que está pensando e... – Ele tentou explicar enquanto se aproximava dela, mas ela deu um passo para trás e o interrompeu.

- Eu não estou pensando em nada. – Disse ela de nariz para cima - Você não precisa me explicar, está tudo bem, não somos nada um para o outro. – E cruzou os braços tentando não olhar para ele.

-Não somos nada um para outro... Tudo bem, Ivoleth. Se precisar de alguma coisa me chame. – Ele virou-se para voltar para a estalagem com expressão chateada, e Ivoleth se arrependeu da forma como havia dito.

-Arleon, não foi isso que eu quis dizer, escolhi as palavras erradas. Você é importante para mim, você é... É meu amigo. – Ela tentou consertar e ele voltou a virar-se para ela.

-É... – Ele concordou com o olhar baixo fazendo um sinal positivo com a cabeça, como se fosse doloroso de afirmar. – Sou seu amigo. – Ele olhou para ela e esboçou um sorriso fraco nos lábios. Ivoleth abriu a boca para falar alguma coisa, mas desistiu e desviou o olhar para longe. – Tem alguma coisa que queira me dizer? – Arriscou ele.

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