capítulo 2: eu falo com dragões? !?!

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Ponto de vista Soluço

Mais que depressa corri de volta para Astrid, segurando em seu braço eu a puxei para traz de uma pedra, sinceramente não sei de onde tirei forças para conseguir puxa-la até onde estávamos, com o som de asas batendo soube que a fera havia pousado, abaixados atrás daquela roxa nossas chances de sobreviver eram baixas, mas ainda maiores do que se estivéssemos em campo aberto.


(Astrid): Soluço o que você pensa que ta...fazendo. ...


Temi por sua falta de fala, Astrid era forte demais para perder a voz daquele jeito, ao sentir um bufo quente em minhas costas meu corpo travou, eu suava frio, Astrid estava pálida como um fantasma, eu precisava me mover, me virando bem devagar tive um vislumbre da enorme criatura que nos observava, que me observava, seus olhos verdes conectados nos meus.


Prendi a respiração ao vê-lo se aproximar mais, ele respirava fundo perto do meu rosto, seu nariz áspero passava pela minha bochecha até meu pescoço, não pude conter a risada ao ter aquele focinho se divertindo em meu pescoço, ele pareceu gostar do som já que se afastou fazendo um barulhinho engraçado.


“Você não deveria estar aqui, é muito perigoso para nós estarmos tão perto dos bolos de carne, o rei branco está preocupado com você, como lhe chamam príncipe? ”.


A voz rouca saia daquele dragão, eu mal podia acreditar que o entendia de verdade, era quase surreal, engasgando o respondi:


“M-Me chamam de S-Soluço, quem é você? Por que me chama de príncipe? Quem é esse rei? ”.


Ele deixou seus olhos maiores mesmo que eu achasse impossível, virando sua cabeça para o lado ele parecia confuso.


“Me assusta você saber tão pouco, mas não se preocupe vou te explicar tudo e-... ”.


Antes que ele terminasse ouvimos passos de pessoas se aproximando de nós, ele parecia excitante em me deixar, mas assim que as duas pessoas entraram na enseada ele me lambeu e decolou para os céus novamente.


Ponto de vista da Astrid:


Eu estava tremendo a fúria da noite nunca foi visto por ninguém e os poucos que conseguiram nunca sobreviveram para contar a história, pensei que ele fosse nos devorar quando pousou e veio em nossa direção, mas ele estava entretido demais... em fazer cocegas no Soluço? Fiquei chocada ao vê-lo tão perto, queria alcançar meu machado, mas estava em choque, era o único dragão que nos ensinavam a nunca enfrentar de modo algum!


Eles ficaram se encarando por minutos enquanto sons estranhos eram ouvidos por mim, aquilo não poderia ser normal.

Olhei para trás e agradeci a todos os deuses ao ver meu chefe Stoico e o ferreiro Bocão se aproximando cautelosamente, ou pelo menos o máximo que um viking conseguiria, mas aquela coisa o ouviu e saiu voando para longe me permitindo finalmente respirar aliviada.


Fora de perigo os dois adultos se aproximaram de nós, Stoico gritava com Soluço por alguma razão enquanto Bocão me perguntava se eu estava ferida e colocava o meu machado de volta em minhas mãos, no fim, Soluço acabou indo com Bocão para a ferraria e Stoico me acompanhou até em casa


( obrigado por ler espero que tenham gostado  :)

o príncipe perdido Dos DragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora