Ponto de vista Soluço:
A calma com que ele me Jogou Astrid foi realmente assustadora, e agradeci internamente por conseguir pega-la no ar, afinal de contas agora já estávamos em meio ao mar aberto e acho que não seria muito bom para a saúde dela cair dessa altura em direção ao mar revoltado lá de baixo.
Astrid continuava se remexendo em minhas patas e quando quase a deixei cair por seu machado passar perto demais do meu focinho ela finalmente sossegou, acho que o medo de cair era maior que seu desejo de fúria crescente.
"Solte-a, vou faze-la derrubar o machado e coloca-la nas suas costas, vai ser menos cansativo para você".
Disse Banguela após algumas horas de voo, realmente minhas patas estavam cansadas de mantê-la suspensa no ar, quando ele se posicionou embaixo de mim, eu pude solta-la.
Foram minutos de pânico quando ela finalmente largou o machado e Banguela pode pega-la, e não demorou muito para que logo ela estivesse agarrada as minhas costas.
Enquanto isso em Berk.
Narrador observador:
A situação em Berk aparentemente havia melhorado pelos dragões recuarem por um tempo deixando os cidadãos levemente aliviados, mas quando o "mal" recua muito se pode esperar quando voltar.
A situação na casa do líder estava um tanto quanto perturbada, o casal não estava em seus melhores dias, Valka estava inconsolável, não comia, não bebia, não dormia, apenas ficava no quarto que era de Soluço e dirigia pouquíssimas palavras ao marido.
No momento ela estava sentada na cama que era de Soluço com alguns papéis com desenhos e anotações do menino, os tocava suavemente com a ponta dos dedos, enquanto apertava o pequeno dragão de pelúcia que fizera para ele quando ainda era bebe, a saudade a estava consumindo... onde estava sua criança...?
Passos foram ouvidos na escada enquanto batidas fortes soavam pelo quarto a tirando de seus pensamentos, ao se virar para a porta encontrou seu marido a olhando com receio.
Stoico: Valka querida, você precisa sair daqui, não está lhe fazendo bem tudo isso, soluço não gostaria que você adoecesse.
Dizia o homem enquanto olhava para a mulher que em tantos anos juntos jamais havia visto tão abatida.
Valka: você fala como se ele estivesse morto....
Stoico: Nós dois sabemos que as chances dele ter sobrevivido durante aquela tempestade tendo a saúde que tem é quase nula... sem contar os animais selvagens e o ataque de dragões que tivemos nessa manhã. O mais provável que ele tenha morrido.
Valka riu com incredulidade das palavras do marido, havia um dia que seu bebe havia sumido e ele já queria taxa-lo como morto? Como ele poderia dizer aquilo?
Valka: ele não está morto Stoico! Você pode não saber disso, mas meu filho é muito mais forte do que parece! Ele tem fogo dentro de si, e mais importante, ele nunca, Nunca, seria morto por um dragão!
Stoico perdeu a compostura, não conseguia entender como a mulher que tanto amava poderia defender aquelas feras e pior, aquele bastardo inútil!
Stoico: como pode ter tanta certeza?! É por que era amiguinha daquelas coisas?! Quando nos encontramos pela primeira vez você estava sendo atacada por uma daquelas coisas!
Valka: eu já te expliquei milhares de vezes que estávamos brincando até que você chegou com toda a sua delicadeza e o assustou! Por que você não pode entender que podemos viver em paz?!
Stoico: eles mataram centenas de nós!
Valka: e nós matamos milhares deles!
O silencio no quarto era esmagador, com raiva Stoico bateu a porta do quarto deixando Valka sozinha novamente, naquele momento ela poderia pensar em apenas uma coisa, ela não suportaria estar naquele lugar mais do que já estava, ela sabia que nunca deveria ter deixado sua vila, estava na hora de ir para casa, precisava buscar ajuda dos seus.
saindo de Berk e voltando para Soluço:
Soluço narrando:
A viajem parecia ter durado uma eternidade, mas no amanhecer de um dia nublado pude avistar duas ilhas a frente, uma delas se parecia um pouco com Berk, vegetação abundante, muitas casas, como toda vila era, mas ao lado parecia haver um grande iceberg, era realmente enorme, cheio de espinhos de gelo e dragões adormecidos.
Banguela nos guiou até a entrada da vila onde antes mesmo de pousarmos Astrid pulou das minhas costas e correu em direção as pessoas.
Ponto de vista Banguela:
(Astrid): Rápido! A dragões na aldeia! Preciso de ajuda!
Gritava a bolo de carne enquanto balançava os braços, assim que pousamos passamos a andar mais para dentro da vila.
(Morador 1): calminha, calminha, vamos recebe-los então!
Dizia o morador animado, logo estávamos cercados por bolos de carne de todas as idades, percebi Soluço um pouco acanhado então o aninhei embaixo das minha asa para mantê-lo longe de olhares indesejados.
Ficamos pouco tempo ali, o suficiente para mostrar que a bolo de carne estava conosco antes de partirmos rumo ao nosso verdadeiro destino.
Ponto de vista Soluço:
Ao sair daquela ilha tendo certeza que Astrid estaria bem, Banguela me levou para onde realmente iriamos ficar.
Quando entramos no palácio de gelo Banguela me guiava com cuidado pelos túneis, durante o caminho pude notar vários dragões diferentes, mas quando passava por eles recebia olhares e sorrisos felizes, e até animados o que me deixou com um sentimento bom no peito.
Quando finalmente chegamos ao centro vi um grande dragão branco deitado em o que parecia ser uma grande fonte termal nós nos aproximamos até que pousamos em uma pedra bem diante dele, ele parecia dormir até que Banguela o chamou:
Banguela: senhor! Eu retornei com sucesso!
O grande dragão branco abriu os olhos devagar enquanto se virava para olhar para nós, seu sopro gelado passou um arrepio bom pelo corpo sua cabeça estava bem perto de nós agora, seus olhos pareciam marejados.
Rei branco (R.B.): meu filhote você finalmente está em casa, finalmente posso ver como cresceu meu pequenino.
Era assustadoramente bom ter alguém me elogiando, nunca havia tido uma figura paterna orgulhosa de mim, claro que Bocão sempre seria o melhor adulto, mas... era diferente dessa vez.
Com um pulo eu estava pendurado em um de seus chifres, fora instantâneo meus instintos mandaram e eu obedeci assim encostando minha cabeça na sua soltando um alto ronronado.
Me distanciei um pouco envergonhado:
Soluço: D-desculpe nem pedi sua permissão...
R.B.: permissão para que filhote esperei anos para receber o primeiro Abraço de meu filho faço questão de que me abrace sempre que sentir vontade e não precisa me pedir, agora vamos conte-me sobre você!
Logo outros dragões se aproximaram de nós, fiquei um pouco apreensivo no começo, mas logo já me senti à vontade todos os dragões eram simpáticos e curiosos. Banguela se mantinha perto o tempo todo como um cão de guarda.
Realmente eu me sentia bem ali como se fosse meu verdadeiro e único... lar
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o príncipe perdido Dos Dragões
Fanficsoluço sempre foi diferente em sua aldeia ninguém gostava dele e nem davam uma chance para ele menos sua mãe que era a única que se importava com ele. embora Soluço tivesse os instintos mais aguçados que os dos outros podendo ouvir, ver e cheirar co...