capitulo 12: brincando e pescando

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Ponto de vista Soluço:

"Você se parece muito com nosso rei, tenho certeza que vai gostar daqui".

Dizia um dos dragões ao meu redor, sendo novo no lugar todos estavam curiosos sobre mim, e formavam uma pequena roda ao meu redor.

"Muito obrigado, certamente gostarei daqui".

Respondi o mais educadamente possível, era um pouco desconcertante ter tanta atenção positiva focada em mim.

"O lugar é ótimo, onde será sua caverna? ".

Um Nader Mortal rosa me perguntou animado.

"Ah na verdade eu não sei ainda".

Onde eu moraria? Dragões não moram em casas e certamente o rei não teria uma caverna, ele era muito grande para ter uma, e eu com toda certeza não gostaria de incomoda-lo com isso.

Minha feição deve ter me entregado, pois banguela se aproximou de mim me cobrindo com sua asa direita como se fosse um cobertor.

"Não se preocupe com isso, eu ia mesmo te levar para conhecer a toca onde vai ficar".

Ronronei contente, até o rei dizer para todos voltarem com seus afazeres.

"Vamos conhecer sua toca nova? ".

"Sim, por favor! ".

Levantamos voo e fomos em direção a algumas avernas localizadas nas paredes de gelo, foram poucos momentos no ar e já estávamos em uma das cavernas mais altas no canto ao leste.

Pousamos dentro, de fato era simples, as paredes de gelo e o chão feito de pedra com alguns musgos verdes crescendo aqui e ali, parecia bem aconchegante.

"Bem, minha caverna é sua caverna, ou pelo menos até encontrarmos uma para você".

Dizia Banguela enquanto se deitava em um círculo perto de mim.

"Me desculpe se eu estiver incomodando".

Aquela era a caverna dele, não sabia se ele gostava de morar sozinho, talvez eu estivesse abusando da sua boa vontade.

"Relaxa, vai ser bom ter uma companhia, as vezes é chato morar aqui sozinho".

Respondeu olhando para mim um pouco acanhado enquanto me acomodava em um canto perto de seu grande corpo negro.

"Fico feliz com isso, eu tenho muito que lhe agradecer, Banguela".

Continuei ao ver confusão em seu rosto.

"Sem você eu não estaria aqui, acho que sem você eu nem teria sobrevivido a transformação em minha terra... então obrigado Banguela, eu confio muito em você".

O vi ficar um pouco sem graça enquanto desviava o olhar.

"Não precisa agradecer, qualquer um teria feito isso".

"Ainda assim, fico feliz que tenha sido você".

O vi me encarar por alguns minutos, aqueles olhos verdes eram realmente muito fofos, mas em um momento Banguela estava deitado e no próximo estava em pé mudando de assunto.

"P-por que não vamos comer alguma coisa? Voamos bastante seria uma boa comermos um pouco não? ".

Disse escondendo o rosto de mim, foi engraçado vê-lo tentar esconder a coloração crescente em suas escamas faciais.

Me levantei devagar tentando esconder meu divertimento.

"Acho uma boa ideia, estou com fome mesmo, mas você vai ter que me ajudar, ainda não sou um perito em pescaria dragoniana".

Ele riu da minha fala e logo levantou voo, não fiquei muito atrás indo logo em seguida, enquanto voávamos em direção ao centro do lugar eu podia ver diversos dragões, alguns que nem estavam desenhados nos livros da minha antiga aldeia.

Todos pareciam ter um papel ali dentro, seja cuidando dos mais jovens, ou vigiando as passagens de gelo, aquilo pareceu despertar um vazio conhecido em meu interior, eu ainda não sabia onde eu me encaixaria e nem se eu seria útil para eles.

"Vamos pousar perto do rei, temos que avisar que estamos saindo".

Banguela me avisa enquanto desce para pousar em um dos chifres do meu pai... meu rei... como eu chamaria aquele ser? Era meu rei, mas também era de certa forma meu "Pai"...

Quando consegui pousar em uma de suas enormes presas ele direcionou o olhar para nós.

"Alfa, estamos saindo para caçar".

Disse Banguela enquanto fazia uma suave reverencia.

"Tudo bem, mas tomem cuidado lá fora, principalmente você, meu filho, que ainda não conhece a área".

Disse ele com o semblante um tanto quanto relaxado.

"Pode deixar, meu rei".

Respondi um pouco envergonhado.

"Cuide dele Banguela e divirtam-se".

Com sua última fala saímos em direção aos tuneis buscando algum que nos levasse ao lado de fora.

Voamos por poucos minutos até estarmos sob o mar aberto, era possível ver a ilha em que deixamos Astrid e logo atrás de nós a nossa ilha de gelo, Banguela me ensinou como mergulhar e algumas formas de emboscar alguns peixes.

Brincamosenquanto pegávamos um lanche, era divertido jogar água um no outro, voávamos atéas nuvens e mergulhávamos até o fundo, brincamos até cansar, então eu decidificar apenas boiando na flor da água enquanto banguela procurava um peixe.

de sua preferência.

Parecia tudo perfeito... claro até aquilo acontecer.

o príncipe perdido Dos DragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora