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Preparadas pro hot? Depois me digam o que acharam...

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Jake afasta os lábios dos meus, subitamente, e eu estou tão enlouquecida de tesão que demoro alguns segundos para perceber o motivo: o elevador parou. Alegro-me por ele ainda conseguir raciocinar, porque, se dependesse de mim, transaríamos aqui (e agora) mesmo. Com câmeras e tudo mais.

Ele me conduz até a porta da suíte, abrindo-a, e o tamanho e a opulência do cômodo me impressionam apesar de eu estar relativamente acostumada a hotéis cinco estrelas. O meu apartamento inteiro caberia nesta antessala, e há tantos lustres de cristal e cortinas bordadas que me sinto no Palácio de Versalhes*.

- É apenas um quarto, Lynn - o inglês fala, me puxando para dentro e aparecendo rapidamente com uma taça de espumante que eu bebo em poucos goles. Ele a pega de volta, rindo. - Devagar, pequena! Não quero que você fique embriagada, a noite ainda está começando.

O olhar dele percorre o meu corpo, devagar. Levanto a cabeça para olhá-lo nos olhos e me perco dentro daquelas íris escuras e indecifráveis.

- Você tem olhos de luto, Jake...** - murmuro, com a respiração descompassada.

- E uns cílios da cor do corvo, também? - ele fala bem perto do meu ouvido, lambendo a minha orelha de leve.

Esqueço do soneto (e até de quem é Shakespeare) imediatamente. Ele move o rosto para o meu pescoço, cheirando-o, e eu começo a me preocupar com a quantidade de horas que se passaram desde o meu último banho.

- Jake? - chamo.

- Hum?

- Eu preciso de um banho. Antes de, você sabe...

Ele sorri.

- Tinha esquecido que você saiu cedo daqui, Lynn, perdoe-me. Eu também devo estar precisando de um, por que não o tomamos juntos? - ele sugere, tirando a camisa. Os meus olhos se fixam no peitoral e no abdome bem definidos e a minha boca seca.

Vejo-o pôr as mãos sobre a fivela do cinto e prendo a respiração, entrando em pânico. Não estou preparada para me despir, ainda; há lâmpadas acesas demais no quarto, e a minha lingerie também é tudo demais: recatada demais, simples demais, bege demais. Jake é perfeito como Adônis, o deus grego da vegetação esculpido por vários artistas, e eu estou longe de ser perfeita ou uma Vênus (a deusa do amor). Talvez não sejamos mesmo para ser.

Espera, ele tirou a calça?! E está apenas de cueca?! Merda, eu tenho um fraco por homens de cueca boxer...a dele, branca, molda perfeitamente o pênis semi ereto, deixando muito pouco para a minha imaginação.

Sinto uma tontura repentina quando o ator termina de se despir e vira de costas, falando algo sobre preparar o banho. Lembro-me de respirar, o que não faço desde que o vi tirar a calça, e aproveito que ele está andando para "secar" o traseiro pequeno e firme.

Tomo mais duas taças de espumante e tiro a blusa, a calça e o tênis, deixando a lingerie. Entro no banheiro branco e dourado após um tempo que eu não saberia precisar, e encontro Jake deitado em uma banheira que mais parece uma piscina de tão grande.

Fico em pé na frente dele. Os olhos escuros varrem o meu corpo mais uma vez.

- Você veio. - Dé jà vu número um, em uma voz mais rouca que a habitual. - Puta que pariu, você é muito gostosa, Lynn!

O dé jà vu número dois sai sem a parte da roupa de baixo, o que eu não acho exatamente ruim. Com um sorriso, eu abro o sutiã, tiro a calcinha e entro na banheira, sentando de frente para ele com as pernas abertas e o beijando.

Passo a me movimentar no colo dele, sentindo-o endurecer embaixo de mim. Gemo e tento encaixar os nossos corpos.

- Você é mesmo apressada, não é, Lynn? - Jake pergunta, interrompendo o beijo. - Prometo dar o que você quer daqui a pouco, mas antes eu preciso muito saber que gosto você tem.

Ele me coloca sentada na borda da banheira em um único movimento e entreabre as minhas coxas, os olhos faiscando. A minha vulva gordinha e não muito discreta me envergonha um pouco, mas assim que Jake me lambe do clitóris à boceta, lentamente, eu esqueço de qualquer coisa que não seja o prazer que estou sentindo.

- Deliciosa demais...tão perfeita. Eu me viciaria facilmente em você, pequena - ele diz, sugando os meus pequenos lábios. Arfo alto e ele chicoteia repetidamente o meu clitóris com a língua, colocando um dedo dentro de mim.

- Jake... - gemo o nome dele.

- Está gostoso, Lynn?

- Sim... - confirmo, mal ouvindo a minha própria voz. Repito mais alto: - Sim, está.

Ele enfia um segundo dedo dentro da minha boceta e continua a me comer com os dedos e a língua. A barba por fazer dele arranha a minha virilha e eu gemo cada vez mais alto, ansiosa para gozar logo.

- Goza para mim, minha pequena... - o inglês pede, sugando o meu clitóris com força. Obedeço quase imediatamente, desmanchando-me na boca dele.

Ele tira os dedos de dentro de mim, lambendo-os com os olhos fixos nos meus. Então se ergue para me beijar, o meu cheiro e gosto entranhados na boca e na barba dele me excitando ainda mais.

Fecho uma das minhas mãos em torno da ereção gigantesca, ajoelhando-me na banheira, e percorro da base do pênis à glande com a língua. Lambo uma gota salgada de pré sêmen na ponta, e o ouço grunhir quando tento abocanhá-lo por inteiro.

Os grunhidos sobem de volume à medida em que eu o chupo, levando-o mais para dentro da minha garganta e o deixando babado. Passo a masturbá-lo vigorosamente, acariciando os testículos dele. Ele geme alto.

- Porra, eu estou perto, Lynn...tão perto... - Jake murmura, afastando uma mecha de cabelo do meu rosto.

- Então goza, Jake. Goza para mim - imito-o.

- Por mais que a sua boca também seja deliciosa, minha pequena, eu ainda prefiro a sua boceta. Quero gozar enterrado nela - ele anuncia, trazendo-me para dentro da banheira. Sou sentada em cima dele e penetrada torturantemente devagar.

Arfo; a sensação de ser preenchida por Jake é indescritível. Ele se movimenta, estocando-me sem pressa, e cada vez que ele me invade leva um pedaço pequeno do meu coração.

Sobrará alguma coisa dele quando a noite terminar?

***

Notas da autora:

Foto do capítulo: Adônis e Vênus, mencionados no texto. Foram esculpidos por Antonio Canova, artista italiano, em 1793.

*Palácio de Versalhes: é o grande símbolo do poder dos monarcas da França absolutista, além de ser o ícone que representa o padrão de vida luxuoso dos reis e da nobreza européia. Foi construído no reinado de Luís XIV, o Rei Sol, e moradia dos reis franceses de 1682 a 1789. Atualmente encontra-se aberto à visitação.

**Olhos de luto: um dos sonetos mais populares de Shakespeare (e o meu favorito) é o que fala da dama dos olhos de luto. Um dos trechos fala também de cílios da cor do corvo:
"Dizem que olhos de luto a minha amada,
Sob uns cílios da cor do corvo tem

As damas que de belo não tem nada,
A esta falta compensam com desdém."

Inevitável (COMPLETO - SEM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora