11• Desejo

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Verônica não é nem de longe a mulher mais sexy ou gostosa que já conheci, mesmo assim de um jeito muito louco ela consegue me prender a si sem nem fazer esforços e não posso negar que isso me perturba pra caralho, o que me deixa em uma posição desfavorável. Quando a maldita saiu da cama pouco se lixando pra mim e tirou a maldita camisola na minha frente, mostrando uma calcinha horrorosa de algodão fiquei maravilhado e puto, muito puto por não conseguir controlar o desejo que se aflorou dentro de mim trazendo à tona uma ereção que deve ser bem capaz de me deixar com bolas roxas. Um maço de cigarro não foi suficiente pra me controlar e quando me vi em uma corda bamba, eu a xinguei de todos os palavrões possíveis.

- Você ainda está aqui? Deus, como esse homem é chato.

Enrolada em uma maldita toalha felpuda vermelha ela saiu do banheiro claramente brava por ainda me ver em seu quarto. Eu queria me aproximar, a tomar em meus braços e descarregar em um sexo gostoso com essa maldita todas as minhas frustrações, o problema: o maldito maço de cigarro que fumei. Se fosse com outras eu pouco ligaria pra isso e pro forte gosto de tabaco que domina minha boca, mas estamos falando de Verônica e nada do que se diz respeito a ela me deixa agir da mesma forma que costumo com as outras.

- Por que aqueles pestinhas ainda não vieram me atormentar? Por um acaso Alaric veio com você e levou meus filhos pra escola? - Eu acho engraçado o fato de nunca passar pela cabeça dela que eu posso ter feito algum mal àquelas coisas que ela chama de filhos, ainda mais tendo me visto tão debilitado e manchado de sangue na casa de seu irmão e com isso até arrisco dizer que ela não vê em mim só a parte ruim que todos estão acostumados a conhecer da pior forma possível. Talvez de um jeito deturpado sinta confiança em mim.

Ela não se abala com meu silêncio e quando seus dedos começam a se afrouxar pra deixar a toalha cair, o que eu anseio com expectativa, seu maldito celular toca, de forma tão istridente que minha raiva volta a atingir os picos mais altos me fazendo pegar um cigarro de maconha. Preciso me manter muito calmo para não machucar ninguém. Meus sentidos aguçados por causa da raiva disparam ao escutar o nome que ainda vai me causar muita dor de cabeça.

- Ó Esteven, me desculpa não ter ido trabalhar hoje, eu...

É engraçado como seus olhos ainda calmos ao pousar e mim se tornam tempestuosos. Verônica não tem uma desculpa plausível porquê nem ela mesmo sabe o motivo de ter acordado tão tarde e se deparado comigo em sua casa.

Silêncio demais pro meu gosto e logo seu corpo inteiro vai relaxando, ela se senta na cama de repente totalmente alheia a minha presença e até abre um maldito sorriso. Preciso me controlar muito pra não arrancar esse maldito celular da mão dela e mandar esse filho da puta ir se foder.

Se eu fosse ele não ficaria no meu caminho!

- Esteven é um fofo, você acredita que ele pediu pra jantar comigo hoje? Disse que tem uma proposta pra me fazer e eu... - Verônica se cala e me olha, não é preciso muito pra ler nossas expressões.

Eu tentando me acalmar pra não fugir do controle e ela sem graça por perceber que estava falando aquelas coisas pra pessoa errada.

- Aproveita que te dei um dia de folga e faz todas aquelas patifarias de mulher, tenho certeza que esse... - Respiro fundo pra não perder a calma e continuo entre dentes, - vai adorar!

Saio do quarto antes de perder a cabeça e desço as escadas pronto pra ir embora. Não posso querer algo pra mim que posso destruir em segundos. Sou explosivo, controlador, perco o controle facilmente quando o assunto é essa filha da puta e nem sempre vou conseguir manter meus demônios longe dessa bruxa. Nunca me envolvi emocionalmente com ninguém, nunca senti essa necessidade de posse por nenhuma vadia com quem fiquei, mas Verônica não, Verônica veio como um furacão e abalou tudo de uma forma única e só dela. Tudo sem se quer me beijar ou foder comigo.

- Onde você vai?

Nem me dou o trabalho de responder e contínuo caminhando até a saída.

- Ei, estou falando com você. - Foi eu pisar na rua que a maldita veio atrás pouco se importando para os olhares furtivos direcionado a ela e seu maldito corpo coberto por uma toalha, que se for parar pra analisar não cobre porra nenhuma.

- Entra pra dentro caralho.

- NÃO VOU ENQUANTO VOCÊ NÃO ME RESPONDER!

Filha da puta teimosa.

Antes que eu possa pensar em tomar uma atitude um carro prata luxuoso até demais pro meu gosto estaciona em frente a casa dessa maldita e quando Esteven saí de dentro com toda a sua pose de galãzinho de merda e come com os olhos a minha mulher, meu controle vai pro espaço e eu não penso duas vezes. Jogo Verônica em minhas costas como um maldito homem das cavernas e marcho pra dentro pouco se fodendo para os olhares curiosos.

Minha vontade é jogar essa infeliz na cama e a xingar até eu me sentir mais calmo, estou puto demais pra isso surtir efeito e assim que a coloco sobre o colchão arranco de seu corpo a toalha e tomo sua boca na minha em um beijo bruto e cheio de raiva. Verônica não fica nem um pouco atrás e sem preliminares inverte nossas posições e como uma maldita amazona cavalga em meu pau até alcançarmos o prazer.

[...]

Deitada em meu peito espero nossas respirações se acalmarem. Pela primeira vez em muito tempo fiquei sem palavras, sem ações e, quando faço menção de me levantar ela me agarra com fúria e me beija novamente, quase nos fazendo voltar ao sexo selvagem de alguns minutos atrás.

- Não vai, fica aqui mais um pouco.

Seu pedido saí quase como uma ordem e ela não espera eu obedecer, apenas se aconchega mais em meu peito espalhando seus cabelos por tudo e arranhando de leve minha barriga até pegar no sono.

Apesar da cena que viu duvido que aquele imbecil tenha ido embora ou até mesmo que não tenha ouvido os gemidos enlouquecedores de Verônica. O quarto cheira a sexo, puro e selvagem, quando saio não faço a mínima questão de vestir mais do que minha cueca e calça, quero deixar bem claro para aquele bastardo quem manda aqui e quem está por cima, é claro.

- Acabaram?

- Suponho que tenha escutado tudo, então não vou te dar o desprazer de responder.

- Verônica é uma mulher incrível e não é preciso muito pra saber que tipo de homem você é, Sanchez! - Chego bem perto de Esteven, o suficiente pra toda sua pose de machão se dissipar e dar lugar ao de um moloque de merda.

- E é exatamente por ser quem eu sou, que você vai tirar dessa cabeça a ideia idiota que aquela mulher que está lá em cima vai ficar com você. Você é um cara inteligente, tenho certeza que  algumas horas já foram necessárias pra ter em mãos uma pasta contendo todos os meus dados e se for prudente vai se manter bem longe do meu caminho.

Não foi necessário prolongar o diálogo pra ver o babaca sair pela porta correndo. Agora mais relaxado faço o que eu a muito tempo não fazia de forma tão sincera...

Caio na gargalhada e volto pra cama. Ah, Verônica, você mal chegou e já fodeu com tudo dentro de mim.

DOMINIC SANCHEZOnde histórias criam vida. Descubra agora