Capitulo 4

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DETETIVE TAYLOR

      Eu estava indo para casa quando ouvi o chamado no rádio. O assassino das rosas estava atacando com mais frequência. Liguei para Laura e disse que não chegaria a tempo para o jantar. Eu sentia que estava a perdendo, aos poucos. Dei meia volta e respondi ao chamado do rádio. Com a sirene ligada ficava mais fácil driblar o trânsito da cidade, passei por todos os sinais vermelhos para chegar o mais rápido possível.

      Haviam duas viaturas paradas. A movimentação era grande. Junto comigo chegou o carro do canal sete. Esses repórteres, me perguntava como eles ficavam sabendo das coisas tão rápido. Desci da viatura e entrei na casa. Haviam apenas alguns policiais, nenhum perito havia chegado. Melhor assim, o corpo ainda estaria intacto, da forma que o assassino o deixou. Perguntei para Alice onde estava a vítima.

      “Estão na cozinha” ela respondeu.

      “Estão?” perguntei confuso.

      “Melhor o senhor ver pessoalmente.”

      Ao entrar na cozinha fiquei assustado com aquela cena. Em meus vinte e cinco anos de carreira nunca tinha visto algo tão bizarro. E olhe que eu já tinha visto muita coisa estranha. Haviam dois corpos, um homem e uma mulher. Ambos estavam nus, o corpo do rapaz estava a esquerda e o da mulher estava a direita. Os dois corpos estavam curvados e apenas as mãos e os pés se tocavam. Formavam a figura de um coração. No meio estava a rosa vermelha.

      Procurei no local por detalhes. Dessa vez não poderia deixar passar nada. Não poderia deixar outro crime como esse acontecer. Coloquei minhas luvas de borracha e vasculhei o local. Havia muitos porta-retratos na sala, mas nada além disso. Mais uma vez nenhuma pista foi deixada para trás. Subi as escadas até o quarto. A cama estava arrumada, mas o quarto estava todo bagunçado.

      Achei estranho.

      Olhei ao redor para ver se encontrava alguma ligação do rapaz com as outras vítimas. Não era possível que o assassino escolhia suas vítimas aleatoriamente. Revistas em quadrinhos, pôsteres de filme. Um tapete branco no chão. Uma mancha de sangue no tapete.

      Lá estava.

      Algo incomum. Depois de acertar o casal o assassino subiu no quarto. Mas pra que? Me abaixei para olhar debaixo da cama e analisar melhor a mancha no tapete.

      Bingo.

      A arma do crime.

      Dei a volta na cama e peguei a pequena barra de ferro ensanguentada. Havia uma ponta afiada na horizontal. Era a primeira prova concreta dos crimes. Agora precisava descobrir quem usava aquele pedaço de ferro para matar. Com vinte e três vítimas do assassino das rosas eu com certeza perderia o caso, mas essa prova poderia me ajudar a continuar investigando por mais algum tempo. Voltei para a cozinha e tirei uma foto dos corpos com meu celular. Analisaria com mais detalhes em casa. Entreguei a barra de ferro para os peritos que já haviam chegado, e sai.

      Liguei para o chefe da divisão, o informei a situação e dei as boas notícias que surgiam no meio de todos esse caos. Mesmo que fosse pouco, estávamos mais próximos de pegar o assassino das rosas.

JESSIE

      Eu acordei com o telefone tocando. Por que alguém me ligaria tão cedo num domingo. Peguei o celular ainda sem abrir os olhos, era Megan. Droga, eu tinha esquecido.

      “Alô.” Eu disse ao atender.

      “Fiquei te esperando a noite toda ontem Jessie. Te liguei e você não atendeu seu telefone. Por que Jessie? Me diz... Por que?” Megan estava nervosa. Mas eu merecia.

O Assassino das RosasOnde histórias criam vida. Descubra agora