Capitulo 10

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DETETIVE TAYLOR

  

      Depois de algumas horas de voo chegamos a Paris. Os agentes do FBI conversaram com alguns funcionários do aeroporto em francês e eles nos levaram até uma pequena sala onde Harriet estava nos esperando. A sala era toda branca e tinha uma luz branca forte. Lá dentro havia uma cadeira onde Harriet estava sentada e uma mesa de metal.

      “Harriet Bertand, nos diga o que sabe sobre Isaac Salazar.” Sarah perguntou apoiando suas mãos na mesa.

      “Eu não fiz nada de errado... eu juro.” Ela respondeu aos prantos. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar. “Eu não queria viajar.”

      “Quem te falou que estávamos indo te interrogar?” eu perguntei nervoso. O tempo estava passando e mais pessoas poderiam morrer.

      “Eu não sabia... eu não sabia de nada. Me leve de volta... Eu não quero ficar presa aqui na França.”

      “Por que você veio para o França se quer tanto voltar?” Erick fez a pergunta dessa vez, mas antes que ela pudesse responder meu telefone tocou e eu tive que sair da sala.

      “Detetive Taylor falando.” eu disse ao atender.

      “Você precisa voltar pra cá agora. Harriet não é a nossa assassina.” A voz familiar de Charlie me falou.

      “Mas nós estamos a interrogando Charlie. O que aconteceu?”

      “Só volte... o mais rápido possível.” Ele terminou de falar e desligou o telefone. Eu voltei para a sala mas quando cheguei os agentes estavam saindo.

      “Precisamos voltar. Rápido.” Sarah falou com uma expressão triste e preocupada.

      “Acabei de receber uma ligação do Charlie me falando a mesma coisa. O que descobriram?”

      “Harriet recebeu uma ligação hoje cedo. Alguém com a voz modificada a ameaçou de morte caso ela não deixasse o país antes do meio dia, disse pra ela que já tinha a passagem pra Paris comprada e que se ela não viesse estaria morta antes mesmo de pensar em ligar pra polícia.”

      Uma armadilha... Caímos em uma grande armadilha. Por isso Charlie me queria lá, o assassino tinha feito mais uma vítima. Voltamos para o avião do FBI e voltamos para o EUA. Antes de sair enviei uma mensagem para Charlie falando o horário que iria chegar, para que ele pudesse enviar uma viatura para o aeroporto.

      Foram as horas mais agoniantes de toda a minha vida. Eu não aguentava esperar. Os agentes do FBI estavam conversando algumas poltronas mais ao fundo do avião, e eu me levantava toda hora para perguntar ao piloto se já estávamos chegando. Depois de muita espera finalmente chegamos.

      Na pista do aeroporto haviam mais carros do que eu poderia contar. Tanto do FBI quanto nossas viaturas. Charlie veio me recepcionar quando desci da aeronave, ele parecia cansado e um pouco desesperado.

      “O que aconteceu Charlie? Por que todas essas viaturas aqui?” eu estava curioso e preocupado. Charlie estava suando e suas mãos tremiam. Algo estava errado, muito errado. Ele demorou algum tempo até me responder.

      “Taylor... ele atacou de novo hoje, a luz do dia.” Charlie falou mas eu pude ver que havia algo mais. Ele ainda respirou fundo antes de continuar. “Ele levou Brittany.”

      Meu bebê... Eu empurrei Charlie e entrei na primeira viatura. Ignorei todos os gritos desesperados que vinham de todos os lugares. Liguei a sirene e dirigi com a velocidade máxima até em casa. Eu precisava encontrar meu bebê. Brittany... e esse assassino iria me pagar por isso. Cheguei na rua de casa cantando pneu, parei a viatura perto de uma outra que estava em frente à minha casa – Bryan e Alice ainda estavam ali, e eles teriam muito o que me explicar. Desci correndo do carro e entrei sem tomar conhecimento da porta que me separava da minha esposa.

O Assassino das RosasOnde histórias criam vida. Descubra agora