Capítulo 6

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LUKE

      O grande dia tinha chegado. Meu encontro com a ruiva. Seus olhos não me saiam da cabeça, seu beijo ainda me tirava o fôlego. Não sabia o que estava acontecendo comigo... só sei que eu estava gostando daquele sentimento. Fui trabalhar com uma imensa dor de cabeça, mas pelo menos eu não estava atrasado. Estacionei meu carro no mesmo lugar de sempre, em frente à loja de doces que ficava ao lado da Matsuda.

      Comecei a fazer o relatório assim que cheguei. Como era chato aquilo, resolvi alternar entre escrever e desenhar. Algumas ideias surgiram na noite passada sobre o prédio da M&M. Quando eu me embebedava era quando a criatividade aumentava. Coloquei os detalhes todos no papel. Até as cinco da tarde eu consegui terminar o relatório, mas o desenho ficaria para outro dia. Subi um andar até a sala do Sr. Matsuda e entreguei o relatório para Mônica.

      Fui pra casa.

      Ainda daria tempo de me arrumar. Algo que eu normalmente não me preocuparia. Tomei um banho e penteie meus cabelos, outro detalhe que eu ignorava em situações normais. Aquela não era uma situação normal. Voltei para o carro e dirigi até a M&M. Parei na porta de empresa as sete e cinquenta.

      Pontual.

      Peguei o celular e enviei uma mensagem para Jessie.

      “Não demore, estou ansioso te esperando.”

      Depois de enviar a mensagem tentei voltar atrás. Que coisa melosa, aquele não podia ser eu. Esperei dentro do carro mesmo, estava ouvindo um bom rock antigo. Nada tão relaxante como ouvir uma boa música. Troquei de estações até que encontrei uma música romântica e comecei a cantarolar.

      “...The first time, I saw you. It fell like coming home. If I never told you, I just want you to know. You had me from hello…”

      Desliguei o rádio quando a vi sair do prédio. Como estava bela. Ela usava um vestido vermelho sangue, brilhante. Desci do carro e fui até ela. Em seus lábios havia um batom na cor do vestido, seus olhos azuis se destacavam e seus cabelos ruivos brilhavam como o sol.

      “Você está linda.”

      “Obrigada” ela disse envergonhada. “Você também está bonito.”

      “Venha, entre.” Eu disse abrindo a porta do carro para que ela entrasse. Quando ela se sentou eu dei a volta e sentei no banco do motorista.

      “Seu carro é bonito. E bem cuidado.”

      “Meu carro é o que tenho de mais valioso. Cuido dele como se fosse um filho.” Eu respondi. Coloquei a chave na ignição e dei partida. Iriamos para um restaurante no centro da cidade, era um bom restaurante. Durante o caminho conversamos pouco. Eu sentia que ela estava um pouco tímida, talvez ainda amedrontada, mas tentei puxar assunto.

      Chegamos ao restaurante um pouco atrasados. Isso por causa do trânsito que pegamos na Sétima Avenida. Fomos recebidos por um rapaz alto que usava um terno branco, ele nos desejou boa noite e um bom apetite e levou o carro para o estacionamento. Entramos então no restaurante onde nossa mesa estava reservada.

      O local tinha poucas mesas, e todas estavam ocupadas. No fundo do restaurante uma banda tocava músicas antigas, foi um dos motivos da minha escolha. O restaurante foi indicação de uma amiga do escritório, Katie. Tive sorte em conseguir uma reserva para o mesmo dia. Sentamo-nos na mesa que tinha um pano branco colocado sobre um outro roxo de tamanho maior. Havia também duas velas e um vaso com uma rosa vermelha.

O Assassino das RosasOnde histórias criam vida. Descubra agora