2222
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A Porta do quarto se encontrava semiaberta e passava um fio azul de luz pela fresta, Stella falava algo que eu não entendia muito bem, estava abafado, então sem pensar muito eu abri a porta, afinal a casa era minha. Ao abrir encontrei Stella exibindo seu vestido com costas nuas viradas para a porta de entrada, ela segurava algo em suas mãos mas eu não conseguia ver e o seu projetor estava ligado emitindo uma imagem tridimensional de um homem careca.- [...]Então estamos combinados hoje a noite? - A voz grave soou em todo o quarto.
– Claro Matheus... - Stella assentiu com a cabeça e passou a mão no tal objeto que segurava. - Tá marcado as sete.
– Se queria vir para o meu quarto, meu bem, por que não pediu? Achei que na sala estava divertido para você. - Não consegui me segurar e disse em voz alta para que o careca escutasse.
No momento em que a ruiva ouviu minha voz ela teve um mini espasmo no corpo e se virou de imediato, mostrando sua feição incrédula para mim e eu escorando meu braço esquerdo no batente da porta ria com a situação. Stella chegou a ficar vermelha, mas não muito, sorriu para a projeção e disse:
– Matheus, a gente se vê depois tá?
– Beleza Stella. Até mais. - O Cara parecia incrivelmente divertido ao desligar a ligação.
Assim que a ligação cessou, Stella me fuzilou com o olhar, pôs uma das mãos na cintura e fez negativo com a cabeça como se a professora estivesse me reprovando. Eu com a cara mais doce e inocente que eu tenho coloquei a mão no colo do peito e disse sem voz: O que eu fiz?
– Ô sua sem educação, não te ensinaram a bater? - Ela disse irritadiça.
– Caso você tenha esquecido, esse quarto é meu. Só pensei que para entrar no meu quarto eu não precisava da sua permissão professora.
– Ah! Claro! Vai começar a me irritar com essa Síndrome do Peter Pan que você tem! - Disse dura.
– Síndrome do Peter Pan?
– Essa sua dificuldade em crescer Natasha– Cruzou os braços e me olhou com deboche, e Nesse momento eu ri sem humor.
– Se 1,78 não é o suficiente pra você posso usar um salto se quiser.
Ela revirou os olhos e bufou soltando o ar de puro ódio e sentimento maligno, por um momento apenas fiquei a encarando me deliciando com a situação, só então eu percebi que objeto ela carregava nas mãos. Era um porta-retratos velho, seu lugar inicial era na em cima da comoda do meu quarto. Era um retrato meu dos tempos da escola. Eu trajava aquele uniforme branco e usava uma trança embutida no cabelo.
– Eu que tenho dificuldade em crescer não é? - Disse seria após voltar meu olhar para ela. – Você que gosta de ficar lembrando das coisas e desenterrando o passado.
– Você se acha né? - Nossa discussão já começava a ganhar mais fervor. - Além disso, você tem algum problema com o passado Nate? Tirando o fato de que sumiu sem dizer para onde ia.
– Espera ai! Eu sumi? Eu? - Dessa vez eu é que fiquei irritada, adentrei o quarto fechando a porta e fui me aproximando dela. - Se tem alguém aqui que deveria ter ao menos um pouco de receio de falar do passado é você!
– E por que eu teria? - Aquele olhar de raiva e desafio me irritava demais, e o que mais me irritava era o fato dela se fazer de cínica diante da situação. - Foi você que foi para o exército, foi você que me deixou sem nem dizer "Tchau", não foi?
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2222 - O CÉU NÃO É O LIMITE
General FictionNo ano de 2222, Natasha Kannopus capitã da divisão aeroespacial brimeriana tem a missão mais temida de toda sua carreira militar: As Férias. Voltando a sua cidade natal, sem qualquer escolha, a jovem terá de enfrentar as terriveis memórias que assom...