capítulo 6 - Alma Lavada

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Estava acontecendo. Ele estava sendo o cavalheiro que Julie jamais perdeu a chance de encontrar um dia. Como ele podia ser real? Ela começa a pensar que está louca como Nancy e David Marshall poderia sim ser seu homem dos sonhos, como Tom Green. Um homem que só existe na mente mais sonhadora e apaixonada.

– Tudo bem. É melhor irmos, porque esses festivais sempre estão superlotados, e eu quero ver todas as flores.

– Ótimo! – David estava contente, enfim, falaria com Nancy Cárter. Ele esperara por aquele momento há dias, e agora estava a um passo de seu principal objetivo.

Eles seguiram pela rua mais rápida, onde havia menos movimento e, chegando à casa de Julie, David logo é convidado para entrar. Julie ainda estava um pouco tensa, mas seu coração estava tranquilo. A verdade tinha realmente a libertado, e não só isso, trouxera David para dentro de sua casa, o que ela ainda não estava acreditando estar acontecendo. Ela recorda de seu último fracasso amoroso. Era um homem de trinta e dois anos, morava em Nova Iorque, e vivia a lhe mandar flores. Então, um belo dia, ele foi até a sua casa para conhecer a família. Enfim, nunca mais ele deu notícias para ela. Essa foi a última vez que Julie confiou em alguém. Agora, ela estava fazendo a mesma coisa, mas era David Marshall que ali estava lindo e tranquilo ao seu lado. Ele lhe dava uma confiança absurda, e ela não entendia o porquê. Entrando na residência, David fica apaixonado por toda a casa, os móveis clássicos eram perfeitos a seu ver.

– Que mobília mais linda! – elogia ele a elegância dos móveis ao redor.

– Meu pai vende móveis planejados, e esses nossos realmente são muito bons. Todos custam uma fortuna.

– Eu imagino.

– Fique à vontade, vou chamar Nancy.

Ela o deixa confortável no sofá e sobe para ver sua irmã. O que ela não percebeu foi que Nancy estava na cozinha fazendo um bolo de cerejas de dar inveja a qualquer chefe de cozinha. Era fabuloso o quanto ela tinha mãos de fada para qualquer tipo de sobremesa. Depois de ter terminado o bolo que levaria junto para Tom Green comer no Festival de Tulipas, ela resolve ir chamá-lo na sala, mas, chegando lá, só vê David Marshall que, ao vê-la se dá conta de que, apesar de estar totalmente despenteada e mal cuidada, ela era uma jovem muito bonita.

– Você aqui? – Ela se espanta.

– Desculpe pelo susto. Você se lembra de mim?

– Claro. – Ela sorri. – Como você entrou aqui?

– Sua irmã, ela me trouxe.

– Que bom. Julie não traz muitas pessoas aqui em casa. – Ela sorria com um olhar maravilhosamente gentil. – Você quer um pedaço de bolo de cereja? Está uma delícia, eu mesma provei. Eu sempre faço porque Tom, meu marido, adora comer.

– Que fantástico, mas eu não estou com muita fome agora, já que sua irmã e eu fomos tomar café não faz muito tempo.

Ele percebe ali uma garota dotada de bondade e de uma felicidade inabalável. Nancy era doce, gentil, animada e muito querida como irmã. Julie, descendo as escadas, percebe logo que David já havia conversado muito com Nancy.

– Você está aí? – pergunta ela.

– Julie! – Que boa ideia convidar David. Fico muito feliz. – Julie olha contente para a irmã.

– Esse festival vai ser maravilhoso – confirma ela.

– Com certeza. Vou lá chamar Tom, provável que ele esteja se arrumando, ele é muito vaidoso.

Quando Nancy sobe as escadas, David olha diretamente para Julie e, sorrindo, diz:

– Sua irmã é a pessoa mais gentil que eu já conheci em menos de cinco minutos. – Julie ri da resposta.

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