O cheiro dele se apresenta e ela reconheceria seu cheiro em qualquer lugar, estando onde estivesse, pois ele estava marcado em sua mente e memória. Uma vez na memória, seria para sempre lembrado e vivido. Ela se vê toda em sorrisos, gira o cabelo ru...
A volta foi silenciosa. Quase não se teve interação entre todos. David dirigiu rápido e, num piscar de olhos, lá estavam todos no elevador. Lá David falava freneticamente consigo mesmo que tinha de achar uma explicação, e Julie o olhava atordoado. Já Nancy estava cansada e louca para dormir em uma cama quentinha. Quando chegam à porta do apartamento de David, Nancy é a primeira a entrar. Ela, meio entristecida, vai rumo ao quarto, para dar uma leve descansada. David e Julie ficam na sala. Os dois se olhavam pensativos, quando um grito corta o silêncio que ali predominava. David e Julie saem correndo rumo ao local do qual ele havia vindo, ou seja, do antigo quarto de Thomas.
Quando ambos entram no quarto, ficam abismados, de boca aberta. David mirava aflito seu primo, que pedia a ajuda dele desesperado, devido aos braços que nele estavam enrolados, ou seja, os braços de Nancy.
– O que você faz aqui, Thomas? – pergunta ele confuso.
– O que eu faço aqui, David? Tira logo essa louca de cima de mim. – Ele gritava, vermelho, com a voz um pouco rouca. Ele tentava desesperadamente se livrar daqueles braços quer pareciam duas jiboias. – Por que, diabos, essa mulher está agarrada desse jeito em mim?
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– Nancy! – grita Julie. – Esse não é Tom, mas sim Thomas, o primo de David. – Ela fala o mais rápido possível e perde a voz, mas logo retoma o fôlego.
– O quê? Ela, enfim, solta o pescoço de Thomas, que logo sai rumo ao chão tentando se proteger daquela mulher desconhecida.
– Thomas! David o abraça, ajudando-o a ficar mais calmo.
– Perdoem-me todos. Eu pensei que estava vendo Tom, não pensei que fosse seu primo, David. – diz ela aflita. – Peço desculpas. – Ela sai do quarto o mais rápido que pode.
Julie olha para David e faz um sinal de negativa com a cabeça e logo fala.
– Eu vou ver como ela está e tentar acalmá-la.
– Acalmá-la? – diz Thomas ironicamente, rugindo como uma fera. – Eu que preciso ser acalmado. Hoje não é meu dia, definitivamente.
– Sinto muito – diz Julie, saindo de fininho do quarto, indo em busca da irmã.
Logo que Julie sai, David olha seriamente para Thomas, que agora estava lamentando pela escolha de ter ido à procura de seu primo.
– Poxa, David, fazia um tempão que eu não via você, e agora isso. Tudo o que eu queria encontrar aqui hoje era um ombro de irmão para chorar, mas foi uma das piores ideias que já tive.
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