Capítulo 10 - Thomas Marshall

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– Eu fiz por nós. Eu jamais deixaria você na mão, Nancy, jamais. – Ela abraça o mais forte que pode o corpo de Nancy.

– David é o homem mais sortudo do mundo. Você é uma mulher para nenhum homem botar defeito, Julie.

– Você que é. Agora só falta acharmos um dentista.

– Nem me fale! Como eu fiz isso no dente? – Ela toca a ponta quebrada.

– Você estava correndo, parecia estar com Tom, e acabou caindo e quebrando.

– Eu realmente vivia em outro mundo, mas até entendo, ele era muito intenso, duvido que eu encontre um homem como ele aqui no mundo real.

– Como ele era?

– Perfeito! Era bem-humorado, amável, educado, bom, pelo menos comigo ele era. – Nancy ri da cara que Julie fez ao ouvir a palavra educado.

– Pelo que você diz, ele era uma espécie de deus grego. Devia ser muito bonito mesmo.

– Sim, mas, Julie, David Marshall também não fica para trás. – Ela faz Julie corar.

– Ele é incrível, não é? Eu ainda não sei o que vou fazer com um homem desses. Eu nunca tive um homem tão maravilhoso. – Enquanto Julie falava, David estava entrando, e Nancy, vendo-o a fez falar ainda mais de seus sentimentos em relação a ele:

– Fale mais, Julie, fale como ele faz você se sentir. – Ela solta um olhar para ele que está de costas para a irmã, e esta segue seu discurso com os olhos brilhando de emoção.

– Ele me faz voar. Não tem outra definição. Sabe, quando sua barriga começa a se contrair e você pensa que está cheia de borboletas nela? É assim que eu me sinto. Eu o olho e imagino nós dois juntos naquele mar de tulipas, é tão magico. Eu amo tudo nele, amo o cabelo, os olhos, o sorriso, a boca, tudo definitivamente tudo em David Marshall é perfeito, Nancy, e não é só porque ele é parecido com aquele ator ao qual ele odeia ser comparado, mas é porque ele é ele mesmo. Tão único e tão real.

Aquelas palavras entraram na mente de David e ele estava emocionado. Ele gravou com todo o amor possível aquelas palavras tão incríveis sobre si mesmo. Pensou que jamais alguém havia lhe dito aquelas palavras. Era a primeira vez que alguém o fazia tão feliz. Nenhuma outra mulher havia dado tanto amor a ele, como esta a quem ele estava pronto para beijar loucamente.

– Você realmente pensa tudo isso de mim? – A voz dele foi um choque para ela. Ela não sabia como reagir, só queria matar Nancy naquele momento. Ela se vira, olha para aqueles olhos, e logo se manifesta.

– David! – ria ela, apertando os dentes.

– Bem, eu vou dar uma olhada lá dentro – falou Nancy, já que ela sabia que eles nem notariam sua desculpa para sair de fininho.

– Julie. Você é a mulher mais incrível que eu já conheci. – Ele pega em sua mão e a beija levemente.

– Eu não queria que você ouvisse isso assim, sabe. Eu estou em desvantagem.

– Eu adorei sua desvantagem – sorri ele.

– Todos esses anos, bem, eu sempre tive relacionamentos conturbados e sem muita emoção. Talvez pelo meu jeito de ser. Passei tantos anos na mente dos outros que não me preocupei em cuidar da minha. Toda a mulher com quem eu me relacionei, eu analisei ferozmente. Eu queria controlar todos os sentimentos que elas podiam ter a mais, qualquer coisa que já não fosse de minhas ciências normais, e eu sempre acabava estragando tudo. Nunca mantive uma relação a mais de sei lá, sete meses. Eu estava meio perdido em algum lugar. É engraçado, todas as mulheres me chamavam de controlador, dominador e até mesmo neurótico. Elas diziam que eu achava que elas eram minhas pacientes. Assim, eu fiquei desiludido, até conhecer você, Julie. Até ouvir suas palavras, eu não era nada.

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