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Aquela semana foi cheia de turbulências. Os três garotos sofriam nas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, Draco continuou trazendo o dragão para a aula e mandava que Carlos, Alvo e Rosa treinassem o feitiço Conjuctivitus com o animal, que não parava de mandar jorradas de fogo que deixaram as mãos dos meninos ainda mais cheias de queimaduras. E Neville continuava a não fazer nada quando eles iam denunciar Draco.

Nas aulas de Transfiguração, a Prof.ª Claepwack insistia em chamar Carlos de Connor. A Prof.ª Margarete Chollobull queria dar mais uma detenção a Carlos e Dennis por se esquecerem de fazer o trabalho sobre os planetas que ladeavam a Terra. O pior de tudo era ter que aguentar os alunos da Sonserina dizendo coisas como “o Carlos Cattér apanhou para o Potterzinho!” e “o Al é um bebê chorão que chorou no duelo, Scorpius é quem ganhou!”. Alvo não entendia o porquê das pessoas ficarem implicando com ele, foi ele quem ganhou o duelo, e daí se chorou? E daí que ele “bateu” em Carlos? Mas parecia que toda a Sonserina conspirava contra ele e arranjava sempre um motivo para zombar de Alvo.

Alvo estava prestes a ir para o Saguão de Entrada se encontrar com Guelch para descobrir qual seria sua detenção.

–Que horas são? –perguntou ele, nervoso, pela décima vez.

–São onze horas, Al, relaxa! –disse Tiago, que se divertia estourando Fogos Filibusteiros, despreocupado.

–Que acha que vamos fazer? –perguntou Rosa.

–Só Deus sabe... –respondeu Matt.

–É, mas se depender do Guelch, é melhor começar a rezar... –disse Daniella, ela também não parecia muito preocupada, estava esperando o tempo passar levitando objetos da sala.

Alvo estava ficando apreensivo. Como é que os outros, fora ele e Rosa, poderiam estar tão despreocupados? Tiago tentava acertar Matt com Fogos Filibusteiros; Daniella se divertia levitando objetos da sala; Suzanna lia tranquilamente um livro; e Carlos conversava despreocupadamente com Dennis, Clívon e Jordan.

–Está nervoso? –perguntou Rosa num sussurro, sentando na poltrona ao lado de Al.

–É... –respondeu Alvo. –Foi uma loucura... Essa história de duelo-duplo...

–Acha que vai ser na Floresta? –perguntou Rosa.

Alvo olhou para a janela, onde pode visualizar no meio da escuridão, a Floresta Proibida. Com certeza deveria ter muitos animais perigosos por lá... Lobisomens... Testrálios... Alvo deu um grande suspiro e disse:

–Eu realmente espero que não...

–Hum... Vocês estão com medo, não é? –perguntou Carlos deixando a conversa e sentando na poltrona à frente deles. Alvo e Rosa assentiram. –Bem, confesso que isso tem me perturbado um pouco...

–Está com medo também? –perguntou Rosa.

–Acho que não é para tanto. –respondeu Carlos. Ele viu que a resposta não ajudou.

Alvo torcia para que o tempo parasse. Não queria de maneira nenhuma sair da sala comunal da Grifinória, onde estava seguro. Ele ficava arrepiado só de pensar que daqui alguns minutos ele poderia estar perambulando pela Floresta Proibida.

–Nós vamos estar juntos... –disse Carlos a eles, quase num sussurro. –Somos amigos, sempre vamos estar juntos...

Alvo sentiu-se melhor com a ideia de ter um amigo. Não tinha parado para pensar, mas até que não fora tão difícil assim fazer amigos, e Carlos, o menino que o ajudou, agora era seu melhor amigo.

–Só não comentem com ninguém que eu disse isso, ok? –pediu ele envergonhado.

Alvo e Rosa assentiram. Naquele instante, a porta do dormitório se abriu. Scorpius foi quem entrou.

alvo Potter eo medalhão de patraOnde histórias criam vida. Descubra agora