25

359 16 2
                                    

Desta vez ele amortecera a queda. Logo após ele, caíram também Rosa e Carlos. Mal puderam se levantar, uma voz já os recebeu:

–Ah, chegaram os atrasados!

Alvo se virou a procura da voz. Eles estavam em uma câmara toda iluminada por archotes. Havia uma mesa no fundo da sala, onde havia três caixas, as Caixas Mágicas. Atrás da mesa, sentado em uma cadeira, estava um homem. Seus cabelos castanhos claro brilhavam junto com os olhos azuis vivo. Ele era novo. Não parecia ter mais que trinta anos, porém, tinham no rosto várias cicatrizes.

–Você é Bob Rondres. –disse ele lentamente.

–Pelo menos isso você sabe, não é? –disse ele, alegre. –Sério, depois de todo esse tempo, achei que vocês descobririam mais sobre mim, ainda mais com a Srta. Inteligência aí. –disse ele indicando Rosa com a cabeça.

O homem não tinha cara de assassino. Alvo achou que estava louco, mas até achou o homem um pouco simpático. Não conseguia acreditar que ele queria mata-lo.

–Mas é claro que nem Profeta Diário e o Ministério da Magia não têm publicado nada sobre mim. Nem naqueles livros da escola. Tenho que tirar o chapéu para vocês, já descobriram bastante. E aquela ideia de embebedar os pais de vocês, foi brilhante! Claro, tive que dar uma ajudinha, mas...

–Você ajudou? –exclamou Alvo incrédulo. –Você esteve lá?

–Ah, sim... –disse Rondres distraído. –Um feitiço de Desilusão, sou ótimo neles. A ideia de vocês teria saído bem sem ajuda, mas o vinho era fraco demais... Então eu dei um empurrãozinho. Não perceberam que eles mudavam de comportamento rápido? Que pareciam que não iam contar e depois contavam?

Agora que ele falara, Alvo percebera.

–Foi você...

–É fui eu, Potter. –disse Bob Rondres fitando Alvo. –Mas não se preocupem que não tenham descoberto muita coisa sobre mim, eu lhes falarei agora, é justo que antes de morrerem saibam da verdade. Bem, há quase vinte anos teve uma batalha. Uma batalha entre o grande Lord das Trevas e Harry Potter.

–Meu pai? –repetiu Alvo.

–Quantas pessoas com esse nome você conhece? –perguntou ele irônico. Alvo ficou impressionado com o jeito que ele falava das coisas. Falava de morte e ainda ironizava, como se isso fosse uma brincadeira. –Então, nessa batalha, havia os Comensais da Morte, já sabem deles, não sabem? Draco disse que vocês acharam algo sobre eles...

–Como ele sabe? –perguntou Alvo.

–Ah, o Draco é um ótimo oclumente, leu a mente de vocês. Mas voltando a história, nessa época eu tinha sete anos. Apenas sete... Meus pais eram Comensais da Morte. Ou pelo menos minha mãe, meu pai não era um bom servo. Sempre questionava o seu Lord, sempre o contrariava... O meu Mestre já estava ficando irritado com ele, eu lembro... Meu pai vacilou muitas vezes, muitas... Até que um dia o Lord Voldemort perdeu a paciência e o... Matou. –ele deu um suspiro forçado. –Mas então eu fiquei com minha mãe, e ele, é claro...

“Ele foi como um pai para mim... Gostava de mim, dizia que eu tinha tudo o que meu pai não tinha, que eu seria um grande bruxo um dia... Ainda não sei como as pessoas dizem que eu quero tomar o lugar do Meu Mestre. Eu jamais faria uma coisa dessas... Quero unir-me a ele... Trazê-lo de volta...”

Ele deu um grande sorriso sonhador.

–Eles todos gostavam de mim... Eu era como o mascote deles... Mas então chegou a guerra chegou... Minha mãe não quis me levar, mas ela não teve escolha.

“As poucas mulheres que havia no grupo do meu Mestre cuidavam de mim, me esconderam... Até... Até eu descobrir que minha mãe havia sido morta. Então, uma delas me levou para fora de lá... E...”.

alvo Potter eo medalhão de patraOnde histórias criam vida. Descubra agora