Capítulo 3

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"Sou um lobo solitário que ama o luar mesmo sabendo que este é um amor impossível"

—Weslley Araujo—

Depois da aula, estavam indo em direção ao armário de Sophie acompanhados de uma sequência de reclamações sobre álgebra, vindos de Ian, quando alguém esbarrou em seu ombro machucado com força o suficiente para derrubá-la.

—Deveria olhar por onde anda, garota! —Disse a voz feminina, raivosa em sua direção.

Seu ombro doeu como se mil agulhas estivessem sendo enfiadas nele, e teve de se conter para não chorar na frente de todos. Ian no mesmo instante a ajudou a levantar e olhou com raiva para a garota. Sophie tocou o local machucado, cujo tecido agora ficava úmido, e as pontas dos seus dedos adquiriram uma coloração escarlate. Provavelmente seus pontos se abriram. Ela não conseguiu evitar praguejar com a dor.

—Qual é o seu problema, Skar? —A garota loira de mais cedo, cujo nome era Megan, parou em frente a Sophie, olhando diretamente para a outra que agora tinha um olhar inconformado.

—Não é culpa minha se ela é estabanada! E não olha por onde anda!

—JÁ CHEGA! — Uma voz masculina, incrivelmente forte e autoritária, interrompeu a discussão que parecia prestes a estourar. A Garota Skar, se encolheu.

—Todos vocês! para suas salas agora! —Sophie reconheceu a voz do diretor ao lado do sujeito. Ainda assim, não ousava olhar para trás. Mesmo que sentisse os pelos de sua nuca se arrepiarem.

Em vez disso, abaixou-se e apanhou sua bolsa que ainda estava no chão.

—Você também, Sr. Connor, e Srta. Black! vão para a aula! E quanto a você Srta. Evans, quero você na minha sala agora mesmo! —Disse o diretor. Megan pareceu contrariada, mas obedeceu.

—Sophie precisa ir à enfermaria...—Interrompeu Ian, hesitante em sair do seu lado. Sophie apreciou a atitude dele. Entretanto, antes que ele pudesse se oferecer para ir com ela, o outro sujeito falou que a acompanharia. Sua voz era estranhamente familiar.

—Cuidarei disso Ian, volte para sua sala. —Ele disse firmemente. Parecia ter autoridade ali, já que Ian também obedeceu.

Um instante depois o sujeito estava ao seu lado apoiando gentilmente a base de suas costas e a guiando pelo corredor. Ela deixou que ele a conduzisse e manteve sua cabeça baixa, por todo o trajeto, até que ele hesitou no meio do caminho e olhou para a outra garota.

—Nós conversaremos depois, Skar! —Sua voz de alguma forma pareceu ainda mais ameaçadora que a do diretor, e por um breve momento sentiu pena da garota.

Quando chegaram à enfermaria, ele ordenou que se sentasse e que removesse o casaco, o que resultou em seu ombro protestar em resposta, e isso fez com que praguejasse mais uma vez. Mordendo seu lábio inferior para conter outro palavrão, ela esperou que uma enfermeira aparecesse, mas além dele, não havia ninguém.

—Onde está a enfermeira? —Perguntou por fim, olhando-o pela primeira vez. Sophie prendeu a respiração ao se dar conta do quanto ele era... caramba...ele era...simplesmente de tirar o fôlego...

Os olhos claros, faziam um perfeito contraste com os cabelos negros, e a camisa azul escura aparentemente cara, não era capaz de conter os músculos de seus braços fortes e deixavam em evidência seu abdômen incrivelmente definido. Ele absolutamente, não podia ser real... Ela murmurou, incapaz de conter seus pensamentos. Então tentou se concentrar, mas parecia impossível. Até mesmo sua dor, parecia ter abrandado.

—Estou bem aqui. — Ele respondeu simplesmente, com um meio sorriso.

—Você...é o enfermeiro? —Indagou incrédula.

Obsessão_Trilogia Wolf Black I (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora