Ciumes ou parte do contrato?

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Jared passou pelo saguão não se surpreendendo com os olhares surpresos que lançavam para ele. Ele mesmo não estava se reconhecendo, seu olho esquerdo estava um pouco roxo, no canto dos seus lábios tinha uma ferida e lhe doía ao sorrir. Entrou no elevador tentando esconder o rosto das pessoas que estavam entrando. Ao passar pela sua secretaria, segurou-se para não rir do rosto de pânico dela.

–Senhor Hunt, quem fez essa barbaridade com o senhor? Foi assalto?

–Não, fique tranqüila ainda estou vivo. Esses machucados não são nada. Algum recado?

–Sim – falou dando alguns papeis com anotações – a sua mãe esta lhe esperando há mais de uma hora.

–Certo – ao entrar lembrou-se que ela estava na casa de Alexis, tentou ir embora sem ela perceber, mas percebeu ser tarde demais quando ela o chamou – Oi mãe, veio cedo.

–O que foi aquilo ontem? E porque brigou com o noivo de sua amiga?

–Não foi nada.

–Você deu em cima de Alexis – falou com desgosto – alem de tarado e cafajeste, você perdeu seus escrúpulos de vez filho?

–Eu não fiz nada disso – falou irritado – ela é como uma... Irmã.

–Então o que aconteceu?

–Isso não lhe diz respeito mãe – falou sério – é um assunto meu e de Jessica.

–Hum então... Ele deu em cima de Jessica?

–Não insista.

–Está bem, já vi que não falará nada. – aproximou-se e olhou os machucados dele – há tempos eu não via você assim, desde a sétima serie se não me engano – falou sorrindo.

–A senhora, não tem nada pra fazer não? Tem que ficar vindo aqui todo dia?

–Não seja ranzinza – falou pegando a sua bolsa – vou indo embora, mas cuide-se e nada de brigar na rua.

–Eu mereço. – resmungou ao ver a sua mãe sair.

A empresa Hunt e associados possuía um eficiente sistema de fofocas e o assunto mais comentado do dia era o presidente da empresa, Jared Hunt. Ele tinha chegado cheio de hematomas. Algo que nunca haviam visto em anos de serviço. Ninguém atrevia-se a perguntar o que tinha acontecido, mas especulações começaram a ser formadas ao verem Jessica chegando em um carro desconhecido.

–Obrigada pela carona Albert – Jessica disse ao sair do carro dele. Assim que estava saindo de casa pela manha, deparou-se com Albert parado em frente a sua porta esperando por ela. Ele lhe ofereceu uma carona e ela não teve como recusar – mas não precisava me trazer.

–Foi um prazer e também o único modo que encontrei em passar um tempo com você. Sempre que te ligo você esta ocupada.

–Me desculpe... Ando um pouco ocupada.

–Eu imagino – falou aproximando-se perigosamente dela.

–Vou indo, obrigada de novo pela carona – Jessica agradeceu, saindo do carro rapidamente. Ao sair do elevador percebeu que a olhavam de forma estranha, fingiu não perceber, mas ao passar por umas secretarias deu-se conta do motivo.

–Você viu como o senhor Hunt chegou? Parece que ele se envolveu em uma briga.

–Será que tem relação com o desconhecido que trouxe a namorada dele para o escritório?

–Pode ser, aquela dali nunca me enganou.

–Não seria melhor vocês perguntarem para mim? – Jessica interrompeu a conversa delas – se estão tão curiosas porque não perguntam em vez de ficar fazendo especulações?

Contrato de Amor (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora