Contrato de Amor (CONCLUÍDO)

Desistindo de Jared

Jared estava estupefato em frente a porta de sua casa, sem acreditar que ela encontrava-se parada em sua frente depois de três anos.

–Não vai me convidar para entrar, Jared?

–Natalie, o que esta fazendo aqui? – perguntou sem dar espaço para ela passar.

–Já vi que ficou magoado. Bem eu te mandei um cartão postal, não lembra?

–Lembro, e me lembro muito bem – disse irônico – você apenas disse que precisava de um tempo e que iria viver a sua vida e esperava que eu fizesse o mesmo e que depois de três a cinco anos, voltaria.

–Isso mesmo meu lindo, eu voltei.

–Sabe o quanto eu esperei um telefonema seu?

–Eu imagino, também senti a sua falta.

–Que droga Natalie, porque não entrou em contato comigo, porque não me avisou que voltaria?

–Quis fazer uma surpresa – disse enquanto o abraçava – sei que sentiu a minha falta, eu também senti a sua.

Jared não fez nada, apenas a abraçou e quando não se deu conta, Natalie entrou no apartamento dele.

–Isso aqui nunca muda – disse sorrindo e olhou para a mesa de centro – onde está a minha foto?

–Eu guardei.

–Você ficou tão bravo assim? - perguntou com os braços em volta do pescoço dele.

–Fiquei – disse enquanto colocava os braços ao redor de sua cintura.

–Ainda está?

O olhar de Jared foi direcionado para a porta de seu quarto, onde viu Jessica parada, olhando para ele.

Jessica ao escutar a campainha não se mexeu, e ao sentir Jared levantando-se da cama, abriu os olhos procurando pelas suas roupas, vestiu-se rapidamente e sentou-se na cama esperando por ele, mas ao escutar vozes não conseguiu conter a curiosidade e ao abrir a porta, deparou-se com uma cena, nada, agradável. Ele estava abraçando, quase beijando, outra mulher na sala.

Jared quando a viu, afastou Natalie enquanto procurava as palavras certas, mas Natalie já tinha se virado e visto Jessica.

–Quem é você? – Natalie perguntou com tom divertido – imagino que é alguma amiguinha dele, não é?

–Não sou amiga dele – Jessica disse tentando parecer determinada – na verdade, não sou nada dele.

–Sério? Eu sou Natalie, a namorada dele, prazer.

–O prazer é meu, mas já estou de saída – Jessica disse e foi em direção a saída sem importar-se com o olhar de Natalie ou de Jared.

Ela estava parada, esperando o elevador quando sentiu alguém atrás dela.

–Jessica, me deixe explicar está bem? – Jared pediu sério.

–Não há o que explicar.

–Sobre ontem...

–Foi um erro – ela disse interrompendo-o – como a sua namorada voltou, não vejo motivo para continuar com o contrato, Adeus – Jessica disse entrando no elevador. Assim que as portas se fecharam, lagrimas começaram a cair de seus olhos. – Droga, pare de chorar esse final era inevitável. – disse sozinha ao olhar-se no espelho do elevador – Cabeça erguida, a coisa mais fácil do mundo, será esquecê-lo. – tentou sorrir ao terminar a frase, sem sucesso. A única coisa que conseguia ver no espelho era seu reflexo distorcido pelas lagrimas.

Jared entrou no apartamento e viu Natalie sentada, de pernas cruzadas esperando por ele.

–Já se despediu dela? – disse natural – como voltei, acho que podemos esquecer as outras pessoas e nos concentrar em nossa relação.

–Natalie, você me largou e volta do nada querendo retomar de onde paramos?

–É.

–Você só pode ser louca.

–Sou louca, mas por você, sabe o quanto senti a sua falta?

–Eu imagino – disse sarcástico.

–Eu te larguei no altar porque não conseguia imaginar-me ao seu lado, naquela época. Você já aparentava que seria bem sucedido e o que eu tinha? Nada. Resolvi ir pelo caminho mais difícil, agora trabalho com publicidade e sou boa no que faço. Sinto-me digna agora, por isso voltei. Vou deixar você pensar um pouco – falou andando na direção de Jared e o beijou – eu estou na minha antiga casa, se quiser falar comigo sabe onde me encontrar, mas não pense que eu te deixarei livre, já lhe deixei livre por muito tempo – disse sorrindo indo em direção a saída.

Jessica chegou em casa com o restante de sua maquiagem, borrada pelas lagrimas. A primeira coisa que fez ao chegar foi tomar um banho, demorado, para assim limpar quaisquer resquícios da noite passada. Saiu do banheiro com os olhos vermelhos e inchados, entrou no quarto, vestiu-se e desceu para comer alguma coisa. Ao chegar à cozinha percebeu o olhar questionador de sua irmã, mas não disse nada, apenas pegou a primeira coisa em sua frente e comeu, e a cada mordida uma lagrima caia de seu rosto.

–Eu espero que esteja chorando pelo gosto ruim, Jess – Christine disse enquanto a abraçava – você sempre faz isso quando está sofrendo, o que aconteceu?

–Nada. – respondeu em meio a lagrimas.

Christine não disse nada, continuou abraçada a sua irmã como se isso a curasse de sua dor. Quando sentiu Jessica acalmar-se, Christiane a olhou de forma preocupada.

– O que aconteceu, Jess?

–Nada, Chris.

–Se você não me disser vou ficar brava com você.

–Isso nunca da certo, e você sabe disso.

–É a única arma que tenho contra você.

–Eu... Acho que me apaixonei.

–Por Jared?

Jessica não disse nada, apenas assentiu com a cabeça e chorou novamente nos braços da irmã. Christine não precisou perguntar mais nada, apenas continuou abraçando a sua irmã, esperando que ela se tranqüilizasse. O dia para a família Belinazzo não foi um dos mais agradáveis, Jessica não conseguia escutar nenhuma palavra romântica que as lagrimas lhe vinha aos olhos. A sua mãe começava a se questionar quem seria o namorado dela.

No dia seguinte, Jessica viu cinco ligações não atendidas de Jared, mas optou por tirar a bateria de seu celular e esquecê-lo. Ela não conseguia imaginar nenhuma razão para continuar gostando dele.