Hera

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Eu não teria ajuda nenhuma da polícia.

Sabia disso desde o momento que me deram uma sala - na qual eu trabalharia sozinho -, um assistente - que não era um policial de verdade e sumia a intervalos esporádicos - e a primeira coletiva de imprensa marcada teria somente... eu. Nem mesmo o delegado quis fazer parte. Ninguém queria se arriscar e minha reclamação sobre isso no departamento foi brutalmente ignorada. Meu primeiro dia oficial no caso foi um fracasso a não ser pelos avanços no meu conhecimento a respeito dos deuses.

— Só um deus pode matar outro — escrevi no quadro de minha sala vazia. — Deuses menores não podem matar deuses maiores. — Isso já reduziria bastante minha lista. — Nenhum estrangeiro poderia matá-lo. — Isso me fez excluir todos os chineses, japoneses, tailandeses e qualquer outro que não fosse coreano.

"Poseidon, Hades, Hera, Hefesto, Apolo, Ares, Ártemis e Atena" são os primeiros deuses, os que nasceram logo nos primeiros anos, o tempo aqui de alguma forma os fez mais poderosos, então eram a primeira linha de suspeitos.

— Taehyung. Yoongi. Seokjin. — Comecei a anotar cada nome correspondente. — Shownu, Hoseok, Jeongyeon, Jongin, Ji-Soo. Hermes é chinês. Deméter é... japonesa? — Eu precisava pesquisar mais. Haviam no mínimo vinte deuses para interrogar e eu não tinha ideia de como e por quem começar. Olhei para a confusão que começava a se formar nas minhas anotações. — Por onde eu começo...

— Talvez por Seokjin — gritei quando a voz soou de lugar nenhum. Olhei para trás e Taehyung estava sentado do lado da porta. Eu nem tinha uma cadeira. Mas ele era um deus, então isso não importava. — Ele está calmo o suficiente para que você possa fazer perguntas.

— O que está fazendo aqui?

— Quero vingar meu irmão e se depender somente dos seus esforços isso nunca vai acontecer.

— Você é um deus, nem deveria precisar de mim.

— Verdade — ele afastou os cabelos loiros do rosto. — Mas você fez uma promessa divina. Então é sua obrigação achar o culpado.

— Eu não sabia.

— Devia ter prestado atenção nas aulas de história — sentia que ele ia me jogar isso na cara por muito tempo. — Fale com Yoongi também. E Jimin. Baek e Chan sabem tudo de todo mundo, é uma boa ideia procurá-los.

— Quem? — Eu não fazia ideia de quem eram esses dois, apesar de Baek não me ser um nome tão estranho.

— Dionísio. Baco. Baek. — Deus do vinho e dos excessos, lembrei. Pelo menos era isso que tinha no Google. — Chan é Pothos, um deus menor, do desejo e da sexualidade. — O deus dos excessos com o deus do sexo. Nada surpreendente.

— Mais alguém para indicar?

— Jongin e Hoseok podem ajudar com a parte técnica, eles examinaram a arma e o corpo.

— De onde a arma veio?

— Do submundo.

— Então Yoongi tinha acesso a ela? — negou.

— A espada era um antigo espírito obsessor, ela escolhe o espadachim, não o contrário. Deuses podem tocá-la, mas não a manusear. Jongin precisou de mais três deuses além de Hoseok para tirar a espada do peito de Namjoon — assenti, absorvendo as informações.

— E você?

— O que?

— Não tem nada a dizer? Por exemplo onde estava no momento do assassinato? — ele riu, aprumando a postura.

God Killer - PRIMEIRA VERSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora