Assassino

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O olhar de Taehyung e Jongin permaneceu sobre mim até eu me levantar. Ver meus pais nunca me deixou tão assustado, eu não estava em minha própria casa, não tinha a proteção das minhas próprias mentiras e pior de tudo, eu estava com Taehyung. De todos os deuses, não havia como me envolver com alguém pior, pelo menos na visão deles. Sai do quarto sozinho, mas não consegui simplesmente descer para encontrá-los, então continuei parado, perto da escada, esperando por um átimo de coragem.

— Jungkook? — Jongin colocou a mão sobre meu ombro — Noona e Hobi estão com eles, não precisa se preocupar.

— Eu não queria ter de encará-los — fui sincero. Como reagiriam quando eu dissesse que iria viver ali? Com Taehyung?

— Estamos bem aqui. Não precisa se preocupar — assenti, tentei agradecer, mas as palavras entalaram em minha garganta. Ele me acompanhou até descer as escadas, então parei junto a porta, ouvindo as vozes de meus pais, Sun e Hoseok.

— Então você serviu em templos? — era a voz da minha mãe.

— Os deuses egípcios encarnaram no meu país. Eles restauraram os cultos e eu servia nos templos de Ísis.

— Sun tem uma parte divina, os egípcios são mais sensíveis para percebê-las — foi a vez de Hobi dizer.

— E isso não é estranho, na verdade é bem comum — a garota complementou.

— Ah... — meu pai disse, ele não tinha respeito a nenhum deus que não fosse o cristão — E mesmo servindo a uma deusa estrangeira se casou com um deus greco-romano?

— Isso não é um problema, é só... diferente. Mas é bom ser diferente — ali, ouvindo a conversa, comecei a considerar se Sun estava usando a si mesma, falando sobre como era comum ser em parte divina, para preparar meus pais. Eu teria de contar sobre não ser somente humano. Não era uma realidade totalmente boa para mim, imaginava como seria para eles. Como reagiriam. Empurrei a porta e todos silenciaram quando entrei, meus pais se levantaram rápido, praticamente correndo em minha direção e me fechando num abraço.

Pelo espaço limitado entre seus braços vi Sun e Hoseok saírem da sala, fechando a porta em seguida.

— Meu filho onde esteve esse tempo todo? — Minha mãe me sufocou em outro abraço apertado — Machucaram você?

— O que esses... essas pessoas fizeram? — Meu pai perguntou, o tom de raiva bem nítido em suas palavras — Eu sabia que lidar com deuses não iria fazer bem a você.

— Eles não fizeram nada comigo, pai. Eu... conheci outro deus, a casa dele tem o tempo diferente do nosso, poucas horas lá equivalem a dias aqui.

— E porque não disse nada antes de ir? Nós procuramos você pelo país todo — ela perguntou, ainda incapaz de me largar, fazendo um esforço tremendo para não chorar, porém seus olhos estavam úmidos.

— Não havia como avisar, ele é um deus imprevisível. Lembra que... a senhora e o papai falavam sobre a casa do Destino? É... eu o encontrei.

— Oh... — meus pais me olharam assim como Jaebum-hyung, não pareciam chocados, mas um tanto preocupados comigo. Como se eu estivesse ficando louco.

— Filho, acho que precisamos conversar — eles recuaram para me dar espaço assim como faziam quando eu era criança e precisavam ser mais firmes comigo — Nós falamos com seu chefe, você não tira férias desde que entrou na corporação, acho que é uma boa oportunidade agora. Você pode ficar um mês ou dois conosco em Busan.

— Para descansar — minha mãe complementou — Nós sentimos sua falta, filho.

— Eu não posso. Vou continuar investigando por conta própria — a expressão de ambos anuviou — Preciso terminar a investigação. Eu me comprometi em achar o culpado. Preciso fazer isso.

God Killer - PRIMEIRA VERSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora