God Killer - PRIMEIRA VERSÃO

Eternidade

— Adivinhem! Eu sou a própria encarnação da arte. Eu sou magnífico. O deus sol.

Haviam sete pessoas na sala. Houve um longo momento de silêncio. Então todos começaram a rir de Hoseok e seu discurso divino enquanto ele fechou a cara parecendo decepcionado por não partilharmos sua alegria.

Taehyung havia enrolado o começo de meu treinamento por algumas horas, esperando que meus "mestres" chegassem. Jongin, Jeongy e ele próprio me treinariam e os três estavam me obrigando a me alongar por mais de uma hora enquanto não decidiam como começar. God Killer estava no chão ao meu lado e se pudesse também resmungaria em desgosto junto comigo. Sun e Jimin usavam o espaço vago planejando a tal cerimônia, o universo parecia querer muita coisa, desde a posição correta de todos os deuses presentes até uma representação física de todos os que não iriam comparecer. Jimin também mencionou meus pais, mas que não conseguiu deles muito mais de um "Nos deixe em paz", o que não me surpreendeu, porém ele disse que insistiria mais um pouco e tentaria me apegar a isso, na esperança que o tempo pudesse resolver.

Yoongi chegara a pouco e só concordava com tudo que Jimin falava, meio encostado nele, se esforçando muito para não pegar no sono. Provavelmente só estava ali porque o deus do amor fora muito insistente.

— Ninguém tem um palpite?

— Fala logo, oh magnífico deus sol — Jeongy disse e espetou a perna dele de leve com a ponta da lança para em seguida sentar-se no chão ao meu lado.

— Os franceses chegaram, a equipe do Louvre acabou de desembarcar. E trouxeram a Mona Lisa. É a sua deixa para agradecer ao deus da arte, eu. Tae? — Hoseok fez um gesto como se esperando algum louvor por parte de Taehyung, mas ele no máximo sorriu, sua mente parecia muito distante, girando uma moeda entre os dedos, mais afastado de todos.

"Louvre... Mona Lisa..." naquele momento os nomes pareciam terrivelmente vagos na minha mente, porém com o sentimento de dejavu presente, eu sabia que tinha algo relacionado ao sonho, mas não conseguia montar a cena em minha cabeça, no momento era menos que uma lembrança antiga. Eu podia pensar nisso depois.

— Obrigado, Hobi. Você foi... magnífico — Hoseok parecia agora arrependido de usar essa palavra porque era impossível não rir dela nessas circunstâncias.

— Porque ele tinha que ter tantas funções? — Jongin resmungou, organizando suas flechas — Deus das artes, da medicina, da poesia, da música...

— Invejoso.

— A grande cerimônia do universo vai ser o templo de quem? — Hoseok fechou a expressão — Conviva com isso, irmãozinho.

— Enfim! Sun, você disse que queria ajudar na escolha da seção. E Jimin, os franceses querem te ver — Hobi se aproximou de ambos, esticando a mão para Sun, ajudando a levantar.

— Como assim querem me ver?

— Você é o cupido. Franceses tem algo com amor, não tem? Eu não sei, eles só queriam muito conhecer o deus do amor — Min Yoongi pareceu finalmente despertar para a conversa em volta, especialmente por Jimin tentar se mover e isso atrapalhar seu sono.

— E o que o Jimin tem a ver com isso? Eles que guardem o amor deles para si mesmos.

— Yoongi! — A repreensão de Jimin nem teve tanto efeito assim, ele parecia feliz demais por ver Min Yoongi com ciúmes.

— Eu não tenho que aceitar um bando de franceses atrás do meu... Noivo?

— Noivo? — ri um pouco de como falaram quase todos ao mesmo tempo, Taehyung fazia o mesmo, porém rindo bem mais alto.