Eu tive um sonho estranho aquela noite. No começo, Taehyung se afogava. Só isso já era estranho o suficiente. Sentia que ele estava morrendo. E sentia que era minha culpa. Estávamos afundando juntos. Ele olhou para mim e foi o último vislumbre de vida em seu corpo. Quando acordei senti como se estivesse mesmo me afogando, mas era só o edredom sufocando minha cara.
Virei buscando o relógio de cabeceira. 4:35 da manhã. Eu podia dormir um pouco mais até as seis, porém seria mais útil continuar minhas pesquisas. Tinha parado numa página da internet que falava sobre a mãe de Namjoon e sobre sua longevidade fora do comum. Nenhum deus tinha seus pais mortais, a não ser os que nasceram nas últimas décadas, porém entre os primeiros deuses, Namjoon era o único com a mãe ainda viva, mesmo depois de mais de oitenta anos. Havia um boato de inveja por parte dos outros que não tiveram o mesmo privilégio, especialmente com Yoongi e Jimin que tinham um apego muito forte as famílias humanas.
Yoongi e Jimin.
Passei para as amantes. As listas variam, mas o número chegava perto dos 20. Vinte! Imagino como deve ter sido para Seokjin tendo que lidar com tantas amantes no passado.
— Zeus era uma puta — dei um grito quando ouvi algo parecido com um trovão. — Desculpa! Desculpa, foi... — Um segundo depois a luz se foi. Provavelmente fora um transformador que explodiu. Abri uma nova aba para seguir minha pesquisa. Sem internet. — Ué.... Ah! — "Sem luz não tem internet, idiota. "
Fechei o notebook, coloquei na poltrona ao lado e deitei no sofá, me enrolando no edredom. Com sorte a luz voltaria ao amanhecer.
(...)
— Moleque! — A voz pareceu soar dentro da minha cabeça.
— Esse garoto morreu? — Outra voz resmungou.
— Não, eu saberia. Acorda para cuspir, moleque. Que inferno! — ele calou um momento e depois ouvi as gargalhadas. — Ah, inferno, porque eu sou...
— Sim! — eles continuaram rindo até eu levantar, me arrastar pelo minúsculo cubículo que eu chamava de casa, e abrir a porta. Os dois se calaram.
— O irmão de vocês morreu e vocês estão rindo? — Eu queria gritar, mas não tinha voz para isso às seis da manhã.
— Ele que morreu, não nós — Yoongi era tão insensível quanto se devia esperar da figura do deus do inferno. Me empurrou para o lado e passou para dentro, meu cérebro não estava funcionando direito nem para reclamar. — E achei que você encontraria o culpado.
— Estou trabalhando nisso — olhei para Taehyung que continuava encostado na base da porta, olhando fixamente para mim. Reparei que sua roupa era em tons de branco e azul enquanto Yoongi estava todo de preto. "Tentaram se vestir a caráter para me visitar? ". Taehyung cheirava a maresia.
— Eu ainda leio seus pensamentos, garoto — Yoongi falou, acomodado no meu sofá. — Taehyung para de flertar com ele e entra logo!
O outro sequer se abalou com a frase e passou por mim com sua postura esnobe de sempre, como se fosse bom demais para mim.
"Diabo narcisista"
— Nisso eu concordo — Yoongi respondeu ao meu pensamento. Fechei a porta.
— Só para deixar claro — dei um longo bocejo. — Eu sou hétero — disse antes de ir em direção a cozinha, precisava de café se quisesse acordar de verdade.
— Que decepção — Yoongi resmungou e Taehyung sufocou uma risada. — Ele vai a pé, eu não ando com hétero perto de mim. E eu quero café.
Eu não conseguia acreditar que estava sendo desrespeitado dentro da minha própria casa. Para que vieram, então? Grunhi baixo e fechei o armário vazio, exceto pelo pó de café. Eu precisava ir ao mercado.
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God Killer - PRIMEIRA VERSÃO
Fantasy[CONCLUÍDO] O mundo é diferente. Os deuses agora vivem entre nós, expandindo seu poder e influência. São muitos e estão espalhados, com rostos, atitudes, até mesmo nomes humanos. Jeon Jungkook nunca deu a mínima para o assunto, até Kim Namjoon, a...