Capitulo 1 - O Beco

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  Marie ainda não se conformava com o assassinato de seu filho caçula. Já havia se passado dois meses do assassinato. A policia fechou o caso por falta de pistas. Alguns policiais acreditavam que era algo sobrenatural, pois não havia marcas de esfaqueamento e nem de balas, nada que pudesse matar alguém, a pericia examinou o corpo e não conseguir achar alguma causa natural para a morte de John. O que quer que tenha matado John, não era humano.

  Por algum tempo os dois irmãos mais velhos de John tentaram achar pistas, foram até o beco onde o corpo de John foi encontrado, mas o único ser vivo que encontraram foi um gato preto. Ninguém sabia o que John foi fazer naquele beco, o beco havia sido abandonado há muito tempo.

  Marie foi casada por trinta e cinco anos com Josh. Eles tiveram três filhos: Joseph o mais velho, Pether o do meio e John o caçula. Josh também foi assassinado há dois anos, no mesmo beco e igualmente John não foi encontrado pistas. Apenas uma, um relógio de bolso dourado apontando: 00h00min. O relógio devia estar estragado, pois quando encontraram o corpo de Josh já eram duas horas da tarde. John herdou o relógio de bolso dourado e quando encontraram seu corpo também às duas da tarde o relógio apontava: 00h00min. Isso intrigava bastante os policiais.

  Marie acordou na manha de segunda-feira e foi direto para a cozinha, ela preparou o café da manha e serviu seus filhos. Após o café Pether novamente começou a discutir com Joseph pelo relógio de bolso, alem de valor sentimental, aquele relógio tinha bastante valor comercial, pois ele não era apenas banhado em ouro, ele era todo feito de ouro. 

  -Porque você acha que tem mais direito que eu sobre o relógio? – perguntou Pether.

  -John era muito mais ligado a mim do que a você! Ele gostaria que o relógio ficasse comigo – Joseph tirou o relógio do bolso de seu casaco e ergueu a luz do sol irradiada pela janela, ele observou o relógio rodar e então guardou novamente em seu casaco.

  -Eu garanto que John era muito mais ligado a mim! – disse Pether.

  Marie se levantou de sua cadeira e deu um soco na mesa.

  -Chega! Vocês dois! – gritou Marie – Seu irmão morreu há dois meses e vocês estão discutindo sobre esse maldito relógio!

  Joseph foi para seu quarto e terminou de se arrumar para o trabalho, ele trabalhava no jornal, ele criava matérias para o jornal. Pether também foi para seu quarto, ele trabalhava pelo computador, ele criava sites e vendia para empresas.

   John uma semana antes de ser assassinado havia se formado em medicina, ele ia esperar acabar o inverno para começar a exercer sua profissão. Mas nessa ultima semana de vida ele começou a agir estranho, ele chegava tarde a casa, nunca dava explicações de onde esteve. Ficava na maior parte do tempo fora de casa.

  Marie lavou a louça e se preparou para ir à missa. Ela vestiu um vestido cor de rosa, colocou uma espécie de chapéu também cor de rosa e calçou sapatos roxo púrpuro.

  A igreja ficava a cinco quadras de sua casa. Ela ia duas vezes por semana a missa. No caminho da igreja ela encontrou sua amiga Lucia, uma amiga de muitos anos, desde quando se casou elas já eram amigas. Lucia era casada com um homem vinte anos mais novo que ela.

  Lucia tinha cabelos castanhos ate o pescoço, seus olhos eram castanhos, seu rosto era triangular, ela sempre estava sorrindo, um sorriso falso, mas ela sempre sorria. Seu marido era robusto, tinha o corpo atlético, cabelos recém cortados e olhos verdes.

  -Ola! – disse Lucia.

  Marie ainda estava tão abalada com a morte do filho que não conseguia ter forças para sair, conversar e se divertir.

O relógio de bolsoOnde histórias criam vida. Descubra agora