Jonas bateu na porta da mesma forma em que bateu na porta de Marie, três batidas solenes. Jonas ao ver que ninguém havia vindo abrir a porta bateu novamente mais três batidas, ouve um barulho de correntes dentro da casa e uma voz amedrontada ressoou:
-Quem é?
-Só queremos conversar – disse Jonas.
-Nome? – perguntou novamente a voz. A voz era feminina.
-Meu nome é Jonas, sou um detetive – respondeu ele – e tenho bons motivos em achar que você conhece John, certo?
Nesse mesmo instante a porta se abriu. Uma mulher de cabelos loiros e olhos castanhos, apoiava na porta preocupada, seus olhos eram grandes e portavam um brilho doentio, seus cabelos estavam amarfanhados em um rabo de cavalo muito mal feito. Ela vestia uma jaqueta marrom em cima de uma camiseta regata branca, uma calça cinza de moletom e pantufas.
-Então? – perguntou a mulher.
-Vai nos convidar para entrar? – perguntou Jonas.
-Entre – disse a mulher – eu chamo-me Ana, Ana Catharina.
Ela nos guiou ate o sofá.
-Café, água ou alguma coisa? – perguntou Ana. Seus cabelos cacheados desciam ate a metade de suas costas.
-Uma xícara de café, por favor – pediu Marie.
-E você? – perguntou Ana para Jonas.
-Um copo de água esta bom – respondeu Jonas olhando em todos os cantos da casa assim como fez no quarto de John.
Ana foi ate a cozinha pegar o café e a água.
-Porque vocês acham que eu tenho algo haver com John? – perguntou a mulher de longos cabelos cacheados.
-O seu endereço estava no quarto de John, sua reação quando eu citei o nome dele e sua pergunta nesse momento comprova minhas suspeitas – respondeu Jonas.
Ana olhou com desdém para Jonas.
-O que vocês querem? – perguntou ela trazendo a xícara de café e o copo de água.
-Bem como você deve saber John faleceu...
-Louis morreu? – perguntou Ana exasperada.
Marie ficou ainda mais intrigada, pois poucos sabiam o sobrenome de John, apenas os mais próximos.
-Sim – respondeu Jonas – pelo que parece ele a visitava frequentemente, mas pelo o que eu estou vendo ele ficou um tempo se vir aqui, não estou certo?
-Esta... Quer dizer... Antes ele vinha todos os dias, mas depois que ele começou a ir naquela maldita seita... – sua voz estava preocupada, ela roia as unhas de uma forma esquizofrênica.
-Espere ai, que seita? – perguntou Marie.
-Vocês não sabem? – Ana olhou ao redor da casa como se esperasse que alguém a qualquer momento aparecesse de surpresa – a seita satânica.
Marie sentiu suas entranhas queimarem e seu pulmão sofrer para adquirir o oxigênio necessário para sua sobrevivência. Seus olhos se arregalaram em direção de Ana.
-Você deve estar enganada. John não era assim. Ele nunca iria há um lugar desses – Marie custava a acreditar que seu filho sempre tão responsável pudesse ter feito uma coisa dessa dimensão. Que ele pode ter escondido tanto.
-Eu não sei bem porque ele queria ir a aquele lugar. Eu não queria que ele fosse, mas não adiantava. Ele ia de qualquer maneira, estava decidido – Ana assentiu com a cabeça varias vezes enquanto falava.
-Você tem certeza do que diz? – perguntou Jonas.
-Infelizmente – respondeu Ana.
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O relógio de bolso
TerrorUma maldição; mortes inexplicáveis e mistérios nunca vistos. Tudo começa com um objeto amaldiçoado; segredos o envolvem, mortes inexplicáveis causadas por algo sobrenatural. Após a morte de John, Marie sua mãe; decide contratar um detetive particu...