O relógio de bolso

Capitulo 4 - Armadilha

   Dentro do salão havia um cheiro pungente. Estátuas curiosas; Abbadon e Lúcifer. Não havia bancos como em igrejas. Dentro do salão principal, alem das estatuas só havia um altar; composto por velas e cálices. Ao redor encontravam-se estendidos vários tapetes.

   -Será que esta abandonado? - perguntou Marie á Jonas. Da mesma forma que a sua mente dizia que precisava estar lá, também dizia o contrario.

    -Parece que não - Jonas respondeu olhando diretamente a figura que se aproximava.

   Um homem de aparentemente a mesma idade que John deveria ter. Cabelos castanhos e olhos negros, barbas recém-feitas. Usava um terno formal e seu cabelo estava perfeitamente penteado para o lado. Um jovem bonito por assim dizer, porém Marie o reconheceu. Aquele que vira em sua visão recebendo John.

   -Bem vindos, á Casa da Vida - recepcionou ele - Prazer.

   -Igualmente - respondeu Jonas - Senhor...?

   -Pode me chamar de Oliver - ele abriu um largo sorriso - e então, algum motivo para a visita?

   -Chamo-me Jonas - ele apontou para mim - e esta é Marie Louis.

  -Sim, claro... Mas voltando a pergunta anterior, a que se trata a visita? - Oliver parecia impaciente.

  -Tenho sérios motivos para achar que a sua... Seita tem haver com a morte do meu filho - assim que Marie terminou suas palavras, percebeu a expressão de Oliver mudar; algo mais irônico.

   Jonas a cutuca.

   -Você esta louca?! - cochicha em seu ouvido.

   -Não se preocupe, estamos acostumados a receber essas acusações...

 Marie diante de sua preocupação e nervosismo só conseguiu pensar em que eles eram culpados por mais assassinatos, alem do de John.

   -Sigam-me - continuou.

  E em um instante partiram em um corredor escuro no canto direito do salão, desceram as escadas e continuaram em linha reta. Oliver pegara uma tocha já posta em um lugar planejado.

   -Logo a frente terá uma porta, abra-a e converse com quem realmente poderá lhe ajudar. Boa sorte.

    -Existe algum motivo pra desejar boa sorte? - pergunta Jonas.

    -Imagina! Apenas uma piadinha.

     Marie e Jonas seguiram até a porta, abriram-na e entraram.

   Oliver andou alguns passos à direita e entrou em uma sala. Dentro dela havia dois homens encobertos pela escuridão do local.

     -Eles caíram na armadilha, assim como estava previsto - anunciou ele.