Elizabeth estava ajoelhada em frente ao túmulo de Christopher, pequenos e delicados lírios brancos estavam em suas mãos. A flor preferida do jovem príncipe, por representar inocência e pureza, o dia estava começando a clarear e os primeiros raios de sol já apareciam no horizonte. A noite havia sido longa e de seus pensamentos não saía o que o sacerdote Tarak havia lhe dito: Você poderá não retornar dessa jornada. O que aconteceria com o mundo se ela não quisesse ir? Ela conseguiria viver com aquilo? Quer dizer, se Bairon realmente quisesse destruir o mundo. Você é uma descendente. A verdade era que Elizabeth estava com medo, medo de falhar, medo de não conseguir. Mas… e se ele conseguisse o que queria? O que seria do mundo? De sua família? Quantos não iriam sofrer por sua covardia? Sentir a dor que ela estava sentindo? O que Christopher diria? Enxugando as lágrimas de seu rosto, ela fez uma promessa a seu irmão, que não importava o perigo, ela não permitiria que outra pessoa passasse pelo sofrimento que ela estava passando. Colocando as flores sobre o túmulo de seu irmão, a princesa olhara a lua desaparecer aos poucos no céu com a chegada do sol. Amanhã fria soprava suavemente seus longos cabelos, afastando-se do túmulo, ela sabia que seu destino havia sido traçado, apenas não sabia como terminaria.
Seu corpo reagia de uma forma estranha dentro d'água, ela podia sentir cada gota escorrendo pelo corpo, como se as duas fossem apenas uma. Ela relaxou dentro da banheira, com uma sensação diferente. Terminando o banho, a princesa encarou seu reflexo no espelho, seu novo visual ainda era estranho, a mecha azul celeste e branca destacava-se entre tantos fios negros, suspirando ela saira do banheiro. Tentando decidir o que vestir, encarando aquele tanto de vestido que nunca usara, ela retirou um simples de dentro do guarda-roupa e o colocou em cima da cama, ao lado de delicadas sapatilhas branca com detalhes dourados. Ela nunca fora fã de coisas extravagantes, nem de joias. O vestido verde musgo era longo e simples, sem camadas ou enfeites, exceto pelo tricor branco e preto nas mangas e no colarinho, não se ajustava ao corpo, dando uma sensação de liberdade a princesa. Seus cabelos estavam presos em um coque apertado, escondendo assim parte das mexas. Enquanto caminhava pelos corredores do palácio, ela tentara imaginar qual seria a reação de todos, quando ela revelasse o que havia decidido. Suspirando, ela empurrara as portas da sala do trono, mordendo o lábio inferior, Elizabeth caminhara lentamente entre as pilastras, na sala havia apenas seus pais, Emilly, o general markson e o sacerdote. Tarak, ao lado da pequena princesa, a encarava com ansiedade. Parando enfrente ao trono, ela tentara acalmar as batidas frenéticas de seu coração. Suspirando, ela quebrara o silêncio.
- Eu irei. - seus olhos fixaram-se nos de Victor. Ela ouvira sua mãe arquejar e Emilly soluçar. - E irei sozinha. - dessa vez o soberano ergueu-se do trono.
- Não seja imprudente, Elizabeth, isso é suicídio. - ela deu de ombros.
- Essa escolha não é sua papai. Não permitirei que mas alguém enfrente algo… - ela fora interrompida.
- Não! Essa luta também é nossa princesa Elizabeth. - Markson, estava com o semblante franzido, ela entendia o que ele queria dizer, a ficha ainda não havia caído, mas ela não poderia apenas sentar e esperar que o feiticeiro destruísse tudo o que ela conhece ou o que não conhecia. Ela estava disposta a dar tudo de si nessa jornada, até a própria vida, mas não estava disposta a sacrificar mas ninguém. chega de mortes.
- Partirei ao amanhecer.
Foram suas últimas palavras antes de sair da sala e deixar todos a discutirem sobre sua decisão. Ela estava decidida e não havia ninguém que a fizesse mudar de ideia. Andando pelos corredores, por onde passava ela podia ouvir os murmúrios de nobres sobre ela, como aquilo era um engano e ela não seria capaz de fazer nada. Era incrível como eles a julgavam sem mesmo a conhecer, a maioria dos nobres visitavam o palácio desde que ela era criança, mas eles nunca a deram a devida atenção, somente Marcos, mas já fazia doze anos que ela não o via. Talvez esteja na hora de uma visita.
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Elementais: O Início. ( Em Pausa )
FantasíaQuatro reinos. Dois mundos. 5 Descendentes. Quando um antigo inimigo ressurgi, a princesa Elizabeth é forçada a sair de seu reino e reunir todos os Descendentes para combater Bairon, um antigo feiticeiro que estava aprisionado a mais de um século, e...