Não Se Apaixone Por Um Estranho (Concluído)

Capítulo 5_ Jantar? Estranho.

A música desse capítulo é Now or never da Halsey. Boa leitura!

_ Antes de voltarmos ao bunker, quero apenas fazer uma ligação para meus pais, pra ver se eles realmente estão bem._ Falo pra Maxon quando ele para a moto.

_ Você pode falar com eles, mas não dê notícias do seu paradeiro. Provavelmente nossos inimigos estão atrás só de você Amber. Sua família está a salvo ainda._ Notei uma tristeza por parte dele. Será que aconteceu alguma coisa de ruim com os parentes dele? Eu tenho que segui-lo, posso perder tudo, mas não vou colocar a segurança dos meus pais em risco.

_ Me dê o telefone!_ Pedi e ele entregou o aparelho. Disquei o número de papai, falaria com ele depois com minha amiga.

_ Alô?_ Meu pai atendeu com sua voz grossa de sempre que agora me deixou com saudades.

_ Oi pai, que bom falar com você._ Digo pensando nas loucuras que vieram acontecendo. Escutar a voz dele me traz a nostalgia da minha infância quando minha família ficava junta e minha única preocupação era escolher com qual Barbie iria brincar.

_ Filha... Você não manda mensagens nem sinais de que está bem há dias. Tá realmente tudo bem?_ Uma lágrima ameaça a descer pelo meu rosto. Por quanto tempo terei que ficar sem ver as pessoas que amo?

_ Pai... Vou falar algo sério agora. Eu quero que você fique na outra casa, não volte pra San Antonio pra me ver. Vou ficar longe da faculdade por uns tempos e ficarei longe de você e da mamãe também. Mas preciso de dias ou até meses pra me encaixar na minha vida normal novamente e nem ouse em vir me procurar em casa e nem em qualquer outro lugar. Prometo que estou bem.

_ Filha que loucuras está dizendo?_ Ele se desesperou. Não queria isso, mas depois que vi meu lar todo destruído não queria nem imaginar o que aconteceria se meus pais se envolvessem.

_ Nenhuma loucura. Apenas prometa que vai ficar longe. Eu te amo._ Desliguei sem prolongar mais a conversa. Maxon estava perto de mim. Eu aceitaria muito um abraço agora, mas nem nele eu sei se posso acreditar ainda. Como as coisas estão confusas, olho pra ele perdida.

_ Vou ligar pra minha amiga agora._ Disco o número de Kat que atende. De novo foi difícil explicar porque eu estava pedindo pra ela se afastar. Nem mesmo eu sabia porque estava afastando pessoas da minha vida tão rápido assim, em apenas uma ligação. Kat disse que independente do que estivesse acontecendo comigo eu iria poder procura-la pra conversar. Queria demais isso. Mas o único que eu poderia conversar sobre, era Maxon.

Entrego o telefone nas mãos dele com uma cara amarga. Entramos de novo naquele bunker que eu quis tanto sair algumas horas atrás. Fico confusa se devo voltar a cela ou não. Por fim acabo parando na frente daqueles computadores enigmáticos. Por que tantos lugares do mundo estão marcados assim? Eu ainda estou desconfiando do Maxon... Será que foi um erro não ter dito ao meu pai que estou nessa? Eu sei que a casa estava pior que meu quarto de quando eu era criança, mas vai que o próprio Maxon que destruiu tudo? Quando é que minha vida virou esse completo enigma?

_ Vou continuar naquela cela presa?_ Pergunto quando a entrada do esconderijo já está fechada.

_ Só tem aquela cama. Mas saiba que não iria reclamar se fosse dormir comigo._ Ele disse. Como pode ter forças pra ser atrevido desse jeito? É um completo romancista barato... Ignoro o que ele disse.

_ Por que tantos pontos verdes e vermelhos por esse mapa?_ Sei que talvez não descubra, porém não vou perder nada perguntando.

_ São marcações por onde há possibilidade de estar a coisa que estou procurando..._ Percebo que o olhar dele abaixou levemente.