Capítulo 25- Vamos sair dessa... Juntos!

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Música do cap: Tongue Tied do Marshmello, Yungblud e Blackbear!

Boa leitura!

Fui escoltado com mais de dez homens a minha volta para fora do laboratório. Não larguei Amber e a carreguei nos meus braços em um transe que ninguém conseguiria entender. Me sinto fora da realidade como se fosse alguém apenas observando o que acontece.

Os homens não abaixam as armas nem em um pequeno segundo. Atentos ao que posso fazer. Mas simplesmente não planejo nada, minha mente está vazia. Não consigo encarar o rosto de Amber. Caminho por instinto com olhos vítreos em pontos inúteis. A única coisa que não podem me tirar é ela. Não faço a mínima ideia porque não atiraram em minha cabeça para acabar com tudo. O corredor por um pequeno momento parece muito longo.

Até que chegamos em uma encruzilhada onde há dois caminhos a se seguir. Os guardas me encaram, então um aponta a arma bem próxima da minha cabeça. Aperto Amber e seu peso sobre mim. O homem que está com a arma engatilhada para me matar diz:

_ Já chega de caminhada dramatica Theo Ross._ Acho que esse me conhece. Pelo menos não estou tão fracassado assim._ Entregue Amber aos soldados e vamos ter uma conversinha particular._ Pelo visto, até a Amber ele sabe bem quem é.

_ Eu não vou solta-la!_ Grito segurando-a. Chuto um guarda ao meu lado no meio das pernas. Ele agoniza por um segundo.

_ Colabore com a gente, Theo!_ Ele gritou e homens avançaram contra mim e puxaram Amber dos meus braços sem que pudesse ter reação. Tentei relutar, porém outros três me seguraram._ Não tem jeito espião de merda! Você segue nossas regras ou então te ferramos.

Os homens fortes começam me arrastar para o lado esquerdo do corredor e outros levam Amber para o lado direito. Começo a gritar com fúria, mas para me conter, eles levantam um bastão eletrizado na altura do meu rosto. Não posso fazer mais nada do que lançar olhares enfurecidos. Os espiões Rotters me arrastam até uma sala que sou incapaz de reconhecer. Aqui a luz é fraca. Eles me posicionam em uma cadeira enquanto tento fugir das amarras que querem colocar em meus braços e pernas.

_ Já chega!_ Um deles grita e apoia o bastão eletrizado contra minha barriga. O choque transpassa meu corpo me torturando. Grito de dor. Com meu corpo mole, eles conseguem o que querem e amarram minhas pernas e braços. Reviro os olhos e encaro o espião que queria atirar em mim.

_ O que você queria, Theo Ross?_ Ele pergunta._ Achou que iria entrar no esconderijo dos Rotters, ver e fazer o que bem entender? E ainda trouxe a namoradinha. Não permitimos isso. Agora que está aqui preso e Amber está morta, vamos começar nosso interrogatório. E depois vamos te matar. Você vai contar pontinho por pontinho o que veio fazer aqui. Van já está chegando para fazer as perguntas certas. Você queria impedir nosso experimento não é? Logo agora que nossos espiões estão se tornando melhores e mais fortes? Sério que em nenhum momento você pensou que isso poderia dar muito errado?

Amber está morta... A ficha não caiu pra mim ainda... Meu coração está doendo agora. Isso não pode estar acontecendo comigo! Era para o antídoto ter funcionado e anulado a ação do veneno. Assim que eu tiver a chance, vou matar Van da forma mais dolorosa. A imagem de mim segurando-a na sala e despejando o antídoto em sua boca vem clara em minha mente. Eu falhei com ela. Eu mereço com certeza a morte.

Eu topo ser sua parceira. Só que temos que estabelecer algumas coisas. Eu vou voltar a minha vida normal depois disso tudo. Eu não vou perder minha vida nisso. E nunca vou confiar, nem gostar de você. Lembro das palavras dela em nosso jantar juntos no bunker. No começo de tudo. Ela confiou em mim, que eu não deixaria ela perder a vida nessa droga.

Não Se Apaixone Por Um Estranho (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora