Capítulo 15_ Um anel destrutivo?

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Música do cap é Beatiful People do Ed Sheeran com o Khalid. É uma música gracinha com o melhor toquinho de todos, amo muitooo!

A água quente caiu em meu rosto me deixando mais calma da noite louca que tinha passado. Eu tentava tirar a imagem do homem que Theo matou da minha mente, mas tinha traumatizado. Aquilo parecia voltar nas minhas memórias de minuto em minuto. Eu achava que o banho me acalmaria para uma noite bem dormida, mas sabia que o sono de hoje seria turbulento. Terry e Theo estavam em quartos ao lado do meu. Eu nem saberia como encara-lo no dia seguinte. Até a hora que nos separamos aqui no hotel ele continuou me encarando com um olhar de dúvida. Ele parecia querer perguntar alguma coisa, porém agora só falaria com ele quando fosse estritamente preciso. Deitei na cama com os cabelos molhados por mais que odiasse. Pensei na minha família, tudo que queria agora era um carinho deles pra me sentir segura. A sensação de segurança tinha voltado com o esconderijo de Terry, mas pelo visto ela sempre foi falsa.

Fechei os olhos como se fosse um esforço e chorei um pouco. Como havia ido parar ali? Isso é tão difícil... Pelo o que parecia as sociedades e Theo lutavam por um anel. O que um anel poderia entregar de força ou de destruição? Cansada de tentar dormir, resolvi ligar a televisão. Era claro que não entendia nada da língua daquele país. Mas só de assistir algo normal já era mais gratificante pra minha mente. Então apareceu uma matéria que não esperava na tela da tv.

Uma foto da minha casa. Ela estava toda destruída como eu tinha encontrado naquele dia com Theo. O jornalista falava muitas palavras fora da minha compreensão. Uma foto minha surgiu no noticiário. Eu lembro que meu pai tirou aquela foto do meu primeiro dia de faculdade quando ele comprou vários salgados pra gente comer como comemoração. Uma lágrima escorreu enquanto lembrava daquele dia. Então meus pais surgiram na tela e me fizeram arregalar os olhos, um jornalista começou a entrevista-los. Tinha um tradutor da língua americana para a búlgara, mas eu entendia perfeitamente o que eles diziam.

_ Nós só queremos nossa filha de volta. Em um dia ela estava lá fazendo faculdade e no outro desapareceu deixando a casa completamente quebrada e bagunçada._ Minha mãe disse em desespero enquanto o tradutor acompanhava.

_ Amber me ligou uma última vez falando que não era pra procurarmos ela porque disse que estava tudo bem e que precisava de um tempo. Mas a casa estava tão depredada que acredito que alguma coisa aconteceu com ela. Temos medo dela não voltar mais ou já estar morta._ Meu pai disse e consegui ver seus olhos vermelhos como se tivesse chorado.

_ Mesmo que o caso tenha virado conhecimento mundial, nós nunca vamos desistir de acha-la._ Mamãe se pronunciou e a entrevista acabou. Percebi a real gravidade da situação. O mundo estava querendo entender o que aconteceu comigo. Todos estavam a minha procura de dois meses de sumiço. Sentei na cama com uma dor no peito.

Alguém bateu na porta. Esperei alguns segundos pra ver se a pessoa poderia ir embora e me largasse sozinha na paz do meu quarto de hotel. Mas a pessoa bateu novamente na porta provando ser insistente. Levantei irritada pra abrir a porta.
Assim que abri vi Theo na minha frente olhando pra baixo.

_ O que você quer?_ Perguntei funilando-o com o olhar.

_ Será que não podemos conversar?_ Ele indagou com sua expressão quase como súplica.

_ Não, obrigada!_ Sorri com raiva e comecei a fechar a porta. Ele a segurou.

_ Por favor..._ Soltei a porta querendo fazer o oposto.

_ Seja rápido._ Revirei os olhos sem dar espaço para que ele entrasse no quarto, não estava nem um pouco querendo conversar. Mantive minha cara séria.

_ Eu não sei se você tinha entendido ou não, mas infelizmente matar pessoas faz parte da minha rotina. Deixar qualquer espião inimigo vivo pode ser minha ruína depois. Me perdoa se você não queria que eu atirasse naquele homem. Só saiba que eu ainda sou o Theo que te salvou daquele tiro e se precisasse te salvaria mil vezes novamente se fosse preciso. Eu não quero que você pense que sou um monstro..._ Ele disse como se estivesse confessando e soltando algo bem ruim de dentro de si. Olhei pra ele por alguns minutos.

Não Se Apaixone Por Um Estranho (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora