Capítulo 6_ Perseguição... Isso cansa!

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A música desse cap é Send my love da Adele. Cadê os fãs da diva?

O jantar terminou e eu não sabia bem o que tirar de conclusão com aquilo. Será que realmente era verdade que ele era um espião? Pensei que fosse mais fácil imitar as garotas de filmes e acreditar no cara esquisitão que aparece pra elas. Conversamos bastante depois da tentativa louca dele de me matar com aquela faca e confesso que não foi ruim ficar conversando com ele um tempão. Eu falei mais sobre mim, já que muitas coisas que perguntava, ele não revelou de jeito nenhum. Nesse momento ele está dormindo na cama de seu quarto improvisado, ao lado da cozinha. Eu estou aqui, vagando com minha mente nessa prisão. Estou deitada na cama da cela. A diferença é que dessa vez Theo parece ter ganhado mais confiança em mim. A minha prisão tem a porta aberta pra eu possa sair a hora que eu quiser. Lógico que a ideia de fugir correndo, vaga minha mente persistente. Talvez eu devesse ir embora sem precisar viver essa vida de espião que ele diz existir, não iria retornar a falar com minha família e passaria a viver escondida....

Não! Não posso ser covarde e sair dessa loucura que me enfiei. Eu disse que estaria nessa com ele agora. Vou ficar bem esperta. Se parecer ter tomado a decisão errada, corro pra longe rapidinho, mas vou dar alguns dias pra que Ross prove que está dizendo pelo menos algum pingo da verdade. Canso de ficar deitada e me levanto passando pela porta da cela bem devagar para não fazer barulho. Solto um suspiro. Estou com um pijama que ele me entregou para dormir depois do jantar. Ele é confortável, mas muito curto. Olho para os computadores que ficam no esconderijo. Eles estão sempre brilhando aqueles pontos verdes e vermelhos. Minha curiosidade aguça por saber o que aquele mapa significa. Eu sei que há inimigos do meu sequestrador e uma coisa que ele procura. Vendo que não terei respostas naquelas telas irritantes e que o teclado nem o mouse dos computadores funcionam pra sair daquele mapa, me volto para o closet de diversas roupas de disfarces dele. Encontro um casaco preto escondido entre os cabides, parece ser quente e o suficiente pra me esconder com o capuz. O puxo com delicadeza por que resolvo sair dali pra caminhar um pouco. Sei que da última vez que tentei sair pra espairecer a cabeça não deu muito certo, mas esse esconderijo do Theo é um pouco sufocante. Talvez seja melhor procurar um lugar que não aqui pra pensar.

Subo as escadas da saída e olho pro alçapão. Será que aquele negócio que me fez desmaiar vai ativar novamente na hora que tentar escapar? Terei que tentar a sorte. Pego na alavanca e abro a saída. Nenhum produto estranho voa no meu rosto. Isso me alívia. Ainda bem que não vou ficar inconsciente de novo. Saio no beco e vejo que a rua está vazia e o céu negro como nunca. As únicas luzes que me guiam são dos postes que soltam aquele brilho amarelo que incomodam um pouco a visão. Caminho pela rua e gravo bem local pra saber retornar ao esconderijo depois. Espero que Theo não note minha saída tão cedo, se não vai achar que eu desisti da ideia ridícula de ser espiã.

Depois de ficar um pouco distante do beco encontro uma pequena praça pra sentar. O horário deve ser bem tarde. As únicas pessoas que passarão por essa praça novamente deve ser quando estiver amanhecendo por umas seis horas. Sento no banco de madeira ao lado de uma árvore. Até que a praça é bonita. Na luz do sol deve ser ainda mais radiante. Ao meio da praça tem uma fonte cinza. Desisto de ficar fazendo companhia pra árvore no banco seco e vou até fonte. Seca e cheia de rachaduras. Ela é grande e já deve ter sido bela um dia, mas hoje está aqui abandonada...

Barulho. Algo foi jogado no chão. Me jogo atrás da fonte me escondendo. Passos. Meu coração acelera o ritmo. Os planos era ter a praça só pra mim, mas parece que tem mais visitantes aqui. Posso ter desesperado sem motivos. Talvez exista mais alguém que queira dar uma voltinha noturna na praça. Vou me arrastando segurando na borda da fonte circular. Olho em volta procurando pistas ou algo que mostrasse o desconhecido que entrou na praça.

Não Se Apaixone Por Um Estranho (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora