Progress

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Oi pessoinhas :3 tudo bem? A baby demorou muito, mas é que ela precisava de um tempo e agora a bebê faz terapia! Isso não é bom?! Obrigada a todos que estão lendo a historia da bebê.

Bem, o capítulo de hoje está bem pequeno, mas é só pra ir aquecendo, tudo bem? A bebê vai se esforçar pra voltar com mais frequência. Mais uma vez obrigada.

Boa leitura e deculpinha por qualquer erro.

Beijos de luuuuuuuuuuuuuuuuuuuz!

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Diana Hart Lovato estava paralisada à minha frente. Em seu rosto eu pude ver o alívio e a emoção se misturando enquanto ela me olhava com seus olhos marejados. Começo a me sentir incomodada por ter falado de modo tão abrupto com a mulher que estava completamente sem reação. Ela com cuidado se senta em sua cama e pisca os olhos fazendo com que as lágrimas contidas em seus olhos caiam sobre suas bochechas.

‒ Oh, querida. Você tem certeza? Sente-se pronta? ‒ Sua voz estava falha, embargada de emoção e eu apenas me escoro na soleira de seu quarto e fecho meus olhos tentando impedir minha mente de pensar muito sobre a recém decisão.

‒ Eu não me sinto pronta, mamãe. Apenas estou fazendo isso por você. ‒ Engulo a seco pressionando meus lábios. Cruzo meus braços numa tentativa de me sentir menos vulnerável. ‒ Apenas sinto que demorei demais para fazer isso.

A mais velha me olhava de um modo tão terno que senti que estava fazendo a coisa certa. Ela precisava de mim e por muito tempo a privei de me ter como ela me tinha. Ela havia perdido a sua filha, mas aqui estou eu, lutando com todas as minhas forças contra a minha depressão.

‒ Está fazendo isso por mim? ‒ A confusão estava exposta em seu rosto. ‒ Por que diz isso?

‒ Você também me perdeu naquele dia, mamãe. Mesmo eu estando aqui, debaixo do mesmo teto que você, você havia me perdido. Só agora eu me dei conta do quanto fui egoísta por te manter longe. ‒ Falo tentando controlar toda a repulsa que sentia por mim mesma por ter me tirado de minha própria mãe.

‒ Não diga isso, Demetria. Você estava sofrendo, precisava do seu tempo de luto, mas eu fui fraca demais e não sabia como lidar com meu próprio sofrimento. Não vou me perdoar por todas as vezes em que... ‒ A mulher a minha frente desabou em um choro tão sofrido. Sabia do que ela iria falar antes de as lágrimas interromperem sua fala. Nunca pensei que ela também estava sofrendo com tudo que havia acontecido.

Como eu não havia percebido a sua dor?

Me desencosto rapidamente da soleira e entro em seu quarto. Tomo minha mãe em meus braços e me permito chorar também. Por um momento a depressão e a ansiedade me permitiram olhar além da minha própria dor, do meu próprio luto.

Saber que mamãe também compartilhava da mesma dor me deu uma ponta de esperança. Fez com que uma parte de mim quisesse estar viva por ela. Para ajudá-la a superar também.

‒ Estarei aqui, mamãe. Vai me ter de volta. ‒ Falo enquanto beijava seus cabelos louros. ‒ Eu prometo. ‒ Sussurro mais para mim do que para ela.

[...]

Mamãe havia ido trabalhar dizendo que iria conversar com a Doutora Cabello sobre minha vontade e me encheu de beijos no rosto antes de fechar a porta. Resolvo tomar um pouco de ar na varanda do meu quarto. Sento no chão frio e imediatamente me encolho.

Olho para frente e percebo que havia sentado de frente para a outra varanda. Ainda não havia escutado nada na outra casa e por um descuido meu, perdi o controle sobre meus pensamentos. Logo já estava dentro de uma crise de ansiedade. Meu peito parecia ter multiplicado de peso e sentia o mundo girar ao meu redor.

Ponho minhas mãos no chão em cada lado do eu corpo na intenção de continuar sentada. Fecho meus olhos tentando impedir que as lágrimas caiam sem controle, mas era impossível. Deito no chão e abraço meus joelhos, sentindo minha respiração ficar cada vez mais ofegante.

Sentia meu corpo ficando cada vez mais fora do controle, estava sentindo que seria meu fim, já que meu coração doía tanto. Estava perdendo os sentidos, deixando nas mãos da minha ansiedade o meu destino até que a melodia volta a se encontrar com meus ouvidos. Era de modo tão tímido, como se a pessoa ainda estivesse aprendendo as notas, mas mesmo assim as tocava com tamanha precisão.

Fui tentando me concentrar nelas, achava que era apenas uma parte minha ainda sã que havia inventado essa melodia, já que eu nunca havia escutado antes e estava grata por isso. Ainda tremendo, consigo levantar e dar mais uma olhada na outra varanda antes de entrar para o meu quarto e me jogar na cama. Não sei por quanto tempo a melodia tinha sido reproduzida pela minha mente, mas acabei caindo no sono antes mesmo dela terminar.


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