Memories

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Hallo! Como vocês estão? A bebê trouxe mais um capítulo para vocês :3

Desculpinha por ele está tão pequeno, mas a Messie não achou justo com vocês. 

Oh! Muito obrigada pelas 1,2K de visualizações! Obrigadaaaaaa

Perdoem os erros, okay? 

Beijos de luz rosa com glitter! 

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~Flashback on~

" Suas mãos ainda estavam em meu pescoço e eu sentia as gotas de suor caindo sobre meu rosto. Ambos tinham sorrisos estampados no rosto como se aquilo fosse a coisa mais divertida.

Minha respiração estava acelerada, a música tocava alto no andar de baixo e eu tentava me soltar de seu aperto. Um deles acaba gargalhando alto ao sentir meus fracos tapas e socos. Atrevo-me a olhar em seus olhos e consigo ver as suas pupilas dilatadas e possuída perversidade neles. Eu gritei mais uma vez, mas era totalmente inútil."

~Flashback off~

Sento na cama rapidamente sentindo meu corpo totalmente suado e minha respiração acelerada. Engulo a seco e tento limpar as lágrimas que caíam sem minha permissão.

Fazia tanto tempo que eu não tinha mais pesadelos sobre que havia acontecido e eu tinha esquecido como era horrível reviver tudo novamente. A dor do luto inibiu o meu sofrimento pelo motivo de eu ter a perdido.

A chegada dos novos vizinhos havia me trazido muitas coisas, muitos sentimentos que eu pensava não existir mais. Bryan iria machucar Selena. Como ele podia fazer isso com sua própria filha? Será que todos os pais são desse jeito? Acham que podem tomar posse da vida e do corpo de suas filhas?

Quanto mais eu tentava afastar todos os pensamentos do que eu havia visto na noite passada e do que eu mesma havia vivido, mais a minha mente os reproduzia. Eu me senti impotente mais uma vez. Eu já estive no lugar da Selena, mas eu tive alguém que me salvou. Mas Selena? Ela não tem ninguém para protegê-la. Nem a própria mãe dela a compreende, pelo que eu entendi.

Ainda ofegante pego meu celular para checar as horas e franzi meu cenho ao perceber que ainda era de madrugada. Silenciosamente abro a porta da minha varanda e com cuidado ando até o canto da mesma para conseguir observar as estrelas. Desde pequena eu tinha essa mesma mania, mas antes eu tinha a companhia dela.

Suspiro e me permito chorar por Dallas mais uma vez. Meu peito doía tanto ao pensar nela e saber que eu havia sido a razão dela não estar mais aqui. Olho para o céu e vejo a sua estrela preferida, Rigel. A supergigante azul. Dallas costumava dizer que ela era azul por que havia comido muita geleia de mirtilo e eu inocentemente acreditava nela. Ouço um barulho vindo da varanda ao lado. Imediatamente olho em direção da casa e vejo ela.

Graças às luzes nos postes que iluminavam a avenida deserta eu pude enxergar um pouco de seu rosto. Ela vestia um pijama que não consegui identificar a cor, abraçava seu pequeno corpo enquanto olhava para o céu. Ela não havia percebido minha presença. Porém eu acabo limpando a minha garganta fazendo com ela olhe em minha direção.

Ela parecia assustada ao perceber que eu estava ali. Ela fez menção de sair e eu levanto rapidamente.

— Por favor, fique. — Falei alto o suficiente para que ela me escutasse e que não acordasse ninguém.

Ela já estava de costas para mim, mas parou assim que ouviu meu pedido. Ela ficou um tempo naquela posição antes de se virar novamente, se sentar na sua cadeira e voltar o céu. Faço o mesmo e ficamos naquele silêncio confortável. Era quase consolador pensar que havia outra pessoa comigo, mas então lembro novamente de Dallas e suas teorias totalmente aleatórias ou de quando ela brigava comigo quando me pegava aqui sozinha.

Senti meu peito doer e meus olhos ficarem marejados me fazendo fechá-los imediatamente evitando o choro. Levanto novamente da cadeira, olho na direção da garota que continuava a observar o céu estrelado de Salem e apenas entro sem me despedir dela.

Tranco meu quarto e me permito chorar mais uma vez naquela madrugada. Fecho meus olhos e consigo visualizar o sorriso largo de Dallas. Ela era a minha melhor amiga, minha protetora e a melhor irmã mais velha que alguém poderia ter. Eu não a merecia.

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