Curious

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­­­­­Oizinho pessoal! Tudo bem com vocês? A bebê demorou um pouco, mas não foi como das outras vezes, não é? O capitulo está maior e deu um trabalhão, por que escrever que nem gente grande cansa a cabeça da bebê quando ela está no headspace. Ufa, a bebê conseguiu terminar tudinho.

Desculpinha qualquer erro e boa leitura!

Beijinhos de luz rosa e cheia de glitter!

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Faltam 4 dias para a minha primeira sessão com a Doutora Cabello. Desde muito antes de tudo isso acontecer, já tinha ouvido sobre como ela, "Camila Cabello com doutorado em psicologia com apenas 24 anos", era competente. Mas como eu não escutaria todas as qualidades dessa tal "Menina Prodígio Cabello" se mamãe tinha estudado com a mãe dela na Universidade de Portland?

Quando tudo aconteceu, mamãe havia me pedido para ir a algumas consultas com a doutora Cabello ‒ que na época só havia concluído seu mestrado em psicologia ‒, mas eu afirmei que tudo estava bem e que só precisava de espaço. Bom, dentro desse espaço aconteceram coisas que só provavam a mim e a mamãe que tudo não estava bem.

Mesmo com aquelas coisas me evidenciando o quão as coisas estavam alarmantes e contando com os pedidos desesperados da minha mãe, eu não queria ir. Não queria ter que me abrir para alguém estranho que nunca entenderia nada do que eu estava e ainda estou passando.

Só que dessa vez era diferente. Não havia sido a minha mãe a me pedir mais uma vez para ir a uma sessão, fui eu. Ainda não entendia o porquê dessa minha estranha decisão. Não sabia se tinha a ver com o que eu tinha visto nos olhos de minha mãe e todo o sofrimento que ela também estava passando ou se era por um outro motivo, um que eu ainda não havia descoberto.

E aqui estou eu, tendo mais uma crise de ansiedade, sem nenhum motivo para que a desencadeasse. Ela apenas chegou e tomou conta de todos os meus pensamentos. Meu corpo havia paralisado aqui na varanda e eu me perguntava o motivo para que eu voltasse a frequentá-la com certa constância ultimamente.

Minha cabeça doía, meu peito parecia ter reduzido pelo menos 3 vezes de tamanho pela dificuldade que estava tendo para respirar. Mamãe não estava em casa, era mais um dia de plantão e cá estou eu, jogada no chão da minha varanda.

Diferente das outras vezes, a música não havia sido tocada. Era apenas o silencio perturbador do meu bairro em Salem. Não sei por quanto tempo durou a crise, por que para mim pareciam horas.

O céu estava lindo aquela noite e talvez, por conta de suas estrelas decorando o céu de Salem que eu consegui sair da crise e apenas me sentei abraçada aos meus joelhos enquanto observava as variadas constelações, entre elas a de Perseu e Andrômeda. Acabo suspirando e as observo por mais alguns minutos, até que minha atenção foi direcionada ao carro que estacionava a casa ao lado.

Ouço uma das portas sendo fechada com agressividade e logo depois, mais duas, mas estas foram bem mais suaves. Sinto minha mente começar a debater. Parte de mim dizia para que eu entrasse, mas outra me obrigou a ficar sentada observando os novos vizinhos.

‒ Eu cansei do comportamento dessa garota, Amanda. Ela precisa de uma bela correção. Você mima muito essa merdinha, ela precisa aprender uma lição por me envergonhar na frente dos meus sócios mais uma vez! ‒ Ouço a voz de Bryan e meu interior entra em combustão.

Não entendi a razão para essa reação, mas sentia todo o meu corpo tencionar com a fala carregada de ódio do meu vizinho. O que essa Serena fazia de tão sério? Por quê Bryan ficava tão incomodado com o seu comportamento? Seria ela rebelde?

Rescued - SemiOnde histórias criam vida. Descubra agora