Rescued - Semi

Capítulo sem título 11

Oizinho! Como vocês estão? Ainda tem gente que lê a fic? A baby espera que sim! Desculpinha pela demora, mas é que a baby tá com probleminhas pra escrever .-.

Boa leitura e desculpinha pelos erros! 

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Eu olhava para a minha psicóloga com tanta raiva que eu poderia agredi-la. Sei que ela não tem nada a ver com as coisas que me aconteceram no passado, principalmente por ela ser uma pessoa próxima à minha família.

Sentia meu rosto quente, as minhas unhas se mantinham cravadas em meu braço, minha respiração cada vez mais ofegante.

ㅡ Respire, Demi. ㅡ Ela fala calmamente e eu tento regular a minha respiração. ㅡ Isso mesmo. ㅡ Afirma a latina assim que consigo manter o ritmo normal.

ㅡ É doloroso demais. Tudo isso dói pra caramba. Dallas... a festa... ㅡ Minha voz estava rouca. Afinal, não havia falado disso outra vez. ㅡ Não dá pra digerir isso. Talvez nunca dê.

Olho para meus pés.

ㅡ E por quê acha isso, Demi? ㅡ A psicóloga cruza as pernas e me olha nos olhos.

ㅡ A Dallas sempre esteve aqui. Sempre que eu tinha um problema ela que me ajudava a lidar com ele. Tínhamos um código. ㅡ Um resquício de sorriso apontou eu meus lábios.

ㅡ E qual era?

ㅡ Irmãs primeiro, mamãe depois. ㅡ Ainda conseguia me lembrar do sorriso da minha irmã mais velha quando firmamos esse pacto. ㅡ Qualquer coisa que me incomodasse eu deveria contar para ela e vice e versa.

Dallas sempre foi muito protetora comigo. E foi justamente isso que fez antes de ir, me protegeu. Pensar no motivo para o qual toda a confusão aconteceu em primeiro lugar, fazia com que a culpa consumisse todo o meu ser. Toda vez que a minha mente reproduzia todo aquele dia me quebrava ainda mais.

Forcei-me a engolir o nó que se formou em minha garganta. O atrito do jeans com as feridas ainda abertas em minhas pernas me incomodaram e não consegui disfarçar a careta de desconforto.

ㅡ O que houve? ㅡ Ouço a mulher perguntar e suspiro. Sabendo que precisava contá-la o que realmente aconteceu 2 dias atrás.

~ Flashback On ~

" Estava sentada na sacada e o céu estava completamente nublado. Era um dos dias em que eu conseguia ficar ainda mais depressiva e ansiosa que o normal. Sentia meu corpo inteiro tremer, sentia dor no estômago e meu peito parecia se comprimir a cada segundo apertando meu coração.

Estava com o tablet em minhas mãos. A galeria aberta em um dos álbuns de fotografia. Eu achava que já estava pronta para relembrar alguns daqueles momentos, mas ao visualizar o sorriso largo da minha irmã mais velha me fez sentir um remorso.

Olho para a varanda em frente e suspiro. Como pude abrir tanto a guarda para alguém? Sempre fui uma garota introvertida e Dallas sempre me ajudava a ser um pouco mais aberta com o mundo a minha volta. Mas então ele apareceu e parecia que mundo era totalmente diferente de como eu o enxergava.

Lembrar de tudo doía muito. Mais do que eu podia aguentar. Levantei com dificuldade e entrei novamente no quarto. Fui até o banheiro, fico nas pontas dos pés em frente ao armário do banheiro para conseguir alcançar a caixa de lâminas que eu mantinha escondida da mamãe.

Apoio minhas mãos na bancada e olho meu reflexo no espelho e pude ver como olhos estavam apagadas, sem vida. Meus cabelos bem maiores do que eu realmente gostava. Lágrimas corriam sobre minhas bochechas e sentia minhas pernas fracas. Ligo a torneira da banheira e espero que ela fique cheia o suficiente. Entro com dificuldade segurando uma das lâminas e respiro fundo antes de cair em tentação novamente.