"- foi divertido?"
...
Laureana pov-
Me sinto mal por beijar ele mesmo não querendo, ele foi um babaca comigo e eu estou fingindo ser a garota que se rende por palavras.
Eu não sou assim!
Eu não desculpei porra nenhuma!
Mas o foda disso tudo é que sinto que tenho que fingir ser a pessoa que aceita esse tipo de comportamento!
Paro o beijo.
- eu não posso.
Eu sei que tenho que continuar, tenho que saber de alguma coisa, quero provas suficientes, quero saber quem é o dono do morro!
- e porque você não pode?
Ele diz arqueando a sombrancelha.
- ou tu não quer?
Eu devo falar a real pra ele?
Quero ser eu mesma.
- eu não sei o que eu quero.
Me afasto um pouco dele.
A casa dele é tão grande.
Ele foi abrir a geladeira e pegou duas bebidas, colocou uma no balcão pra mim.
- porque eu Lucas? Eu sei que tem várias na tua cola. Só porque eu sou nova aqui?
Ele sentou na banqueta e tomou um gole da bebida.
- alguém já te falou que tu é paranóica demais?
Reviro os olhos.
- porque tem que criticar tudo?
Ele continua.
- não estou criticando.
Não estou mesmo.
Sento na sua frente, ele começou a me encarar.
- eu tô tentando entender sua personalidade, cada hora tá de um jeito.
Ele diz.
É que as vezes eu minto ser outra pessoa, pra vida ficar mais legal.
- nem tento entender você, uma hora é um cara legal, depois estraga tudo.
Péssimo momento pra gente discutir isso.
- somos dois então.
Ele toma mais da bebida, a minha ainda tá cheia.
- eu sou legal quando eu te beijo? Quando deixo você tocar em mim? Quando eu tirei minha roupa pra você eu fui legal? No momento não entendo sua definição de "legal".
Ele deixa a bebida de lado.
- não, tu é legal quando não tá colocando defeito em tudo que eu faço e falo, quando tu deixa esse teu lado "c* doce" de lado, quando sai da defensiva um pouco.
Eu sei que ele tem um pouco de razão.
- tu é insuportável.
Ri .
- mas tu continua aqui.
Digo.
- talvez eu goste das pessoas insuportáveis.
A porta se abre revelando Lelê.
Ele olha pra gente e ri.
O olho dele tá tão vermelho, seu jeito me incomoda, até o jeito que ele mexe com as mãos.
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Uma policial no morro
ComédieEla sabia que corria risco de vida, mas ela não tinha nada a perder, a vida de merda que vivia valia a pena uma morte, sairia como heroína pelo menos, não como suicida. Mas se envolver com alguém foi um erro, foi um erro confiar, foi um erro achar q...