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-"ele te contou a versão que tu precisava ouvir".

...

O medo da resposta me mata.

Laurinha- não to cansada de você.

Senti um alívio.

Laurinha- to cansada de tentar ficar com você.

Alívio não.

Eu- amor me desc...

Laurinha- não Lc, só aceito quando eu ver que você mudou de verdade, não só palavras, atitudes!

Eu- você mal fala comigo, nem me chama mais de amor!

Eu não consigo aceitar que sou o unico errado, maior problema em mim.

Laurinha- você reparou agora? O que adianta tu me chamar de amor e depois fazer tudo pra me magoar?

Eu- você tem razão amor.

Depois disso ela se virou pra mim e ficou fazendo carinho, cafuné e me beijando até eu dormir.

Essa mulher vai cuidar de mim até mesmo quando eu não merecer nada vindo dela.

...

Acordei e ela ja não tava mais comigo.

Subi as escadas, ouvi o barulho do chuveiro.

Eu- amor?

Ouvi a voz dela, mas não entendi porra nenhuma.

Cheguei mais perto.

Laurinha- tomando banho, quer vir?

Opa.

Ja tirei minha roupa e entrei.

Ela tava de coque no cabelo, nua.

Laurinha- dormiu bem?

Não conseguia nem falar de tanto tesão.

Eu- melhor foi acordar e ver você.

Trago ela pra perto de mim.

Reparei que o corpo dela ta com algumas marcas.

Eu- o que foi isso?

Ela pega o sabonete e passa no meu corpo.

Laurinha- acho que foi no dia do tiroteio, não sei bem.

Ela pegou no meu pau, que ja tava duro pra caralho.

Eu- lava direitinho.

Ela sorriu e se abaixou.

Laurinha- só quer que eu lave?

Eu- é teu, tu faz o que quiser.

Fiz uma de desentendido e acabou que a gente transou pra caralho no chuveiro.

...

Eu- ja ta pronta?

Eu tava deitado, e ja faz uma hora que ela ta se arrumando.

Laurinha- sim, onde vamos?

Eu- não quero te falar ainda.

Levanto e pego a chave do meu carro.

A gente não demorou muito pra chegar, apesar do lugar ser longe.

Ela ficou meio perdida.

Eu- Lelê ta aqui.

Laurinha pov-

Quando ele falou que Lelê estava ali, meu coração se apertou.

Eu quero ver ele mais que tudo.

Eu ja tava nervosa de como ele ia reagir.

Faz tanto tempo que não nos vemos.

Acompanhamos uma mulher que disse que nos levaria até ele.

Moça- como você sabe seu Lucas, ele não ta reagindo bem a visitas e ontem tentou novamente fugir.

A gente chegou em um gramado gigante, tinha muito de menor ali, uns jogando bola outros sentados conversando.

Lc- ele é teimoso sabe, mas vai acabar aceitando.

Moça- ele é um bom menino, vocês tem muita sorte, ele vai sair dessa.

Lc- obrigado.

Ela nos aponta ele em um canto com alguns garotos olhando o futebol.

Fomos até ele.

Lc- eai meu parça?!

Ele nos olhou confuso e depois veio dar um abraço no Lc.

Fomos pra um canto, notei que ele mal olhava pra mim e mal falava com Lc.

Lc- preciso acertar umas contas, logo volto.

Ele saiu deixando a gente.

Eu- porque está assim comigo?

Lelê- nada não tia.

Eu- fala.

Lelê- não quero ficar aqui.

Respirei fundo.

Lelê- vocês me colocaram aqui, eu odeio esse lugar.

Eu- é pro seu bem.

Pego na mão dele.

Lelê- eu sei, mas esses comedia daqui fica no meu pé só por causa do patrão.

Eu- como assim?

Lelê- só porque o patrão fez isso pela minha melhora, eles acham que vão ter privilégios sendo meus amigos.

Eu- como sabe de tudo isso?

Lelê- uai tia, olha esses malandro daqui, esses desgraçados só pensa em cheirar, os que se salva são poucos.

Eu- eu quero que tu melhore.

Lelê- pra que isso? Eu sou caso perdido mesmo, não tenho familia, nem amigo, só tenho você e o Lc que logo logo vai ter uma família e vão esquecer de mim.

Sorri

Eu- acho até engraçado você falar isso.

Ele me olhou confuso.

Coloco sua mão na minha barriga.

Eu- eu queria tanto te falar que vai ser titio.

Ele sorriu.

Lelê- caralho tia!

Ele me abraçou.

Eu- você é minha família!













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Péssimo momento pra uma gravidez ou não?






Uma policial no morroOnde histórias criam vida. Descubra agora