-" Eu errei, fiz muita merda, te magoei, te deixei ir, mas você escondeu a gravidez de mim caralho!"
...
Mariana- é o seguinte amiguinha, você me conta algo e eu dou umas coisinhas pra você comer, beleza?
Eu tava amordaçada não podia responder.
Mariana- levante a cabeça se entendeu.
Levantei, sou burra por acaso piranha?!
Mariana- sei que tem perguntas mal respondidas e que quer conversar, porém agora não posso, mas vou deixar uma comidinha pra você ver que não sou tão ruim.
Ela tirou a mordaça.
Eu- eu juro que vai se arrepender por isso! Se acontecer alguma coisa com o meu bebê eu mato você sua vadia!
Ela sorriu e chamou uma velha.
O nome dela era Vilma e ela ia dar comida na minha boca.
Eu- medo de me soltar e ver do que sou capaz?
Ela riu mais.
Mariana- só porque matou alguns no morro? Isso não te capacita! Você não é nada sem uma arma!
Eu- então me solta caralho!
Eu vou matar essa mulher.
Então aquele mesmo menininho entra pela porta.
Criança- mamãe quero tete!
Mariana- ja não falei pra não entrar aqui?
Ela saiu empurrando ele e fechou a porta.
A senhora sentou no banco ao lado e pegou uma das sobre mesas.
Vilma- ela não é assim tão mal.
Como é?
Ela trouxe a colher ate minha boca e eu fechei. Eu não vou comer essa merda.
Eu- eu quero sair daqui, não me convença que ela é boa, não depois do que ela falou que faria com meu bebê!
Vilma- coma! Eu mesma fiz!
Não abri a boca pra ela colocar a colher então ela desistiu.
Vilma- ele tirou muita coisa dela, não posso dizer que ela não faria o mesmo com ele, um filho é muita coisa.
Ela quer dizer que ela realmente tiraria meu bebê? Era pra me confortar caralho?!
Eu- ele não vai sentir porra nenhuma, ele nem sabe!
Ela me olhou.
Vilma- não conte isso a ela!
Ela ta me assustando.
Vilma- ela vai usar isso contra e você e contra ele, no momento ela só quer as provas, fale tudo logo e ela te deixará ir.
Eu- se ela tirar meu bebê eu morro junto.
Ela pegou outro prato, parecia mousse de maracuja, me deu muita vontade.
Vilma- aqui é uma clínica de aborto, ela sabe muito bem o que faz, ela te deixaria viva só pra ver sua dor!
Eu- isso não é ser mal pra você?
Ela não respondeu e colocou o mousse de volta na bandeja.
Eu- então você é igual ela!
Ela colocou a mordaça na minha boca.
Ela fechou a porta.
As horas passavam devagar e eu estava entediada, não sei as horas, não sei se esta a noite ou dia, a sala esta com a janela fechada e nenhum ar entra me sinto totalmente sem ar.
Estou com fome, tenho medo de ter algo na comida.
Eu tenho que pensar na minha menina!
Quando eu sinto que vou surtar conto até dez e respiro fundo.
Ai eu tento gritar e me debato, mesmo sabendo que não adiantara nada.
O silêncio vem e eu durmo, a sala sempre fica clara.
A cada dez minutos que durmo um pesadelo diferente.
A porta se abre e me faz levar um susto do caralho.
Era ela.
Com um prato na mão.
Fechou a porta com força.
Mariana- QUANDO EU DER ALGO PRA VOCÊ COMER, VOCÊ COME!
Ela tirou a mordaça e antes que eu pudesse retrucar jogou o prato na minha cara.
Ela queria me humilhar, tal mãe tal filha, mas eu não vou dar esse gostinho a ela.
Ela tava com uma cara de satisfação e um sorriso debochado.
Então eu gargalhei e a cara dela fechou.
Mariana- o que foi idiota?
Eu- tenho dó de você!
E continuei rindo.
Mariana- você não ta em condições de fazer piadinha.
Tentei me controlar.
Eu- porque tão controladora priminha? O que mais de tão grave o Lucas te fez pra você agir assim como psicopata? Ele te batia?
Acho que peguei o ponto fraco dela e to me sentindo uma merda.
Eu- ele te controlava não é?
Ela começou a jogar as coisas pelo chão, a coberta que Vilma colocou e as coisas das gavetas.
Mariana- VOCÊ NÃO SABE DE NADA PORRA! NÃO SABE!
Ela pegou a tesoura e começou a passar em meu braço.
Eu- PARA MARIANA!
Mariana- EU ODEIO TUDO NELE, EU ODEIO O FATO DELE NÃO TER FEITO METADE DO MAL QUE ME FEZ COM VOCÊ!
Ela jogou a tesoura no chão depois de fazer varios cortes em mim.
Eu- É por isso ta me usando não é?Fazendo ele pensar que eu estou entregando ele! Acha que assim ele me fara mal!
Ela é totalmente doente.
Eu- e sua mãe?
Mariana- ela acha que sou uma alucinação da cabeça dela.
Eu- duas loucas, tal mãe tal filha!
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Uma policial no morro
HumorEla sabia que corria risco de vida, mas ela não tinha nada a perder, a vida de merda que vivia valia a pena uma morte, sairia como heroína pelo menos, não como suicida. Mas se envolver com alguém foi um erro, foi um erro confiar, foi um erro achar q...