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"Eu matei a Mariana!"

2 meses depois

Henrique deu um jeito de falar comigo, eu não sei o que ele quer, resolvi falar com ele, mesmo achando que Lucas não merece essa minha falta de lealdade.

Cheguei agora no meu antigo apartamento.

Ele deixou algumas fotos na mesa.

Mortos com tiro na cabeça.

Henrique- cinco homens, viciados e ladrões.

Eu não tava entendendo nada, mas ele tava insinuando algo.

Henrique- sabe a maior semelhança entre eles?

Eu- são viciados e mortos por um tiro na cabeça?

Henrique- Teu namoradinho matou todos eles.

Meu coração gelou.

Eu- você não sabe o que ta falando!

Me deu a primeira foto.

Eu estava enjoada de olhar aquilo.

Henrique- Júlio, 20 anos, conhecido como JPk .

Deu a outra foto.

Henrique- Marcelo, 17 anos, conhecido como Marcelinho do cabide.

Senti meu coração sair pela boca e não consegui ouvir mais nada.

Marcelinho, Lucas conversou com ele, eu lembro bem, tenho certeza que foi esse o nome.

Eu- não foi ele!

Henrique- veja por si mesma, eu sei que ja tem provas contra ele, só consiga mais, veja que eu estou certo!

Eu- para!

Henrique- você só esta defendendo ele porque esta doente! Apaixonadinha por um vagabundo que te tratou diferente pra te usar! Não preciso ser médico pra saber que é uma doença .

Eu fui embora, mas a minha cabeça estava horrível, medo de ser verdade.

Medo de estar apaixonada por alguém que ja me intimidou, e é por esse motivo e pelo fato de saber que Lucas matou um adolescente de 17 anos, que eu vou continuar com as investigações.

Eu amo Lucas, mas eu me amo mais, preciso saber o que realmente ele sente por mim.

Posso estar acabando com tudo que eu conquistei até aqui.

Posso estar acabando com a unica pessoa que me fez ver a vida de outra forma.

Me perdoe Lucas, eu posso estar doente, mais que antes de te conhecer.

...

Eu cheguei em casa e tentei parecer normal, mas não consegui, então inventei que tive uma briga com a minha mãe.

Estou deitada agora, enquanto ele faz cafuné no meu cabelo.

Lc- vocês vão esquecer isso com o tempo, vão voltar a conversar amor.

Eu me sinto um lixo, mas Marcelo vem a minha cabeça e sinto que estou no caminho certo novamente.

Eu- ela acha que estou entrando de cabeça em um relacionamento em que tudo é uma mentira.

Ele me fez olhar pra ele.

Lc- você sabe que isso não é real.

Eu- e o que é real? Me diz?

Ele estranhou meu tom de voz.

Lc- o meu amor é real.

Eu- você sai do nada, não me avisa, só diz que foi resolver problemas!

Ele sentou na cama

Lc- é sério que esta dizendo isso? Tu sabe os b.o que eu resolvo!

Eu- eu não sei!

Ele saiu batendo a porta.

Que merda eu fiz.

...

Esperei ele chegar, em vão, ja são cinco da manhã e nada dele.

Enfim ele chega bêbado.

Coloco ele no banho.

Eu- onde estava?

Lc- não é da sua conta!

Eu- seu c*!

Ele sentou na banheira.

A gente não tinha brigado desde o dia que resolvemos ficar juntos.

Ele me puxou, me molhou toda.

Fez eu sentar no colo dele enquanto a banheira enchia de água.

Lc- amo você Laurinha, não queria brigar e sair daquele jeito.

Eu- mas saiu, e me deixou aqui preocupada, eu só quero saber mais de você.

Ele tirou minha blusa.

Eu- não sei nada nem do seu passado.

Lc- meu passado é escuro, você me odiaria por isso.

Eu- eu sou uma ex policial e você não me odeia por isso, o que seria pior?

Lc- eu torturei pessoas e matei pra ficar no poder.

Meu coração dói.

Lc- depois de você eu não sujo mais minha mão com sangue.

Lucas não matou ninguém, eu tenho certeza disso agora.

Um bêbado sincero.

Uma policial no morroOnde histórias criam vida. Descubra agora