Construímos tantos muros ao longo da vida que às vezes até esquecemos onde estão, sejam em relacionamentos pessoais ou interpessoais, em relação ao mundo, traumas, medos, e claro os muros na maior parte do tempo estão acompanhados por máscaras.
Máscaras com toda certeza são o acessório favorito dos seres humanos, como eu disse antes quem são os atores de Hollywood perto de nos seres humanos comuns que passamos uma vida interpretando personagens dos quais ninguém jamais ira perceber que são meros personagens.
Às vezes vivemos décadas ao lado de alguém sem saber quem essa pessoa realmente é.
Ou talvez tenha sido sempre assim, vai saber?Isso é comum entre pais e filhos, tão comum que passa despercebido aos nossos olhos.
A maioria dos pais está tão preocupado com oque por na mesa que se esquece de criar um vínculo real com seus filhos, já a grande parte que detém maior poder monetário compra o amor de seus filhos e paga por seu tempo em família com brinquedos caros e eletrônicos.
Conheço varias crianças que foram criadas por babás, inclusive minha amiga Sabrina criou uma por um bom tempo mais essa parte da história fica para mais tarde, a questão é quantos muros existem entre você e seus pais ou entre você e seus filhos?
Alguns muros podem ser derrubados outros estão tão sólidos que nos fazem pensar que não existe mais esperança.
Sinceramente eu não sei se um dia nosso muro deixara de existir mãe, mais acho que pelo menos conseguimos diminuir o tamanho ao longo dos anos.Mais além de muros existem as âncoras e portos.
Todos nos precisamos de âncoras, assim como os barcos e navios podem navegar sobre águas desconhecidas nos também gostamos de nos aventurar.
Cada barco possui uma âncora que os permite livremente ancorar onde bem escolherem, e como se o porto fosse à família um lugar de apoio onde o barco sempre poderá voltar, mais sempre com liberdade de ir e vir.Quem é seu porto Gabriela? Sempre me perguntei isso, acho que já tive vários pra falar a verdade, mais vamos falar de portos emocionais e hoje meu maior porto emocional é a tia Mari.
Ela é quem me escuta, aconselha, puxa minhas orelhas ,chora e ri comigo, ela me ensinou tantas coisas sobre o mundo e sobre mim mesma que eu não sei oque faria sem ela, não consigo mais me imaginar vivendo num mundo sem a minha tia, ela é tudo pra mim.
Me sinto um toloco de bosta as vezes por não me sentir assim em relação a minha mãe, eu a amo sim com todo o meu coração mais não somos amigas a esse ponto.
Não temos uma relação de mãe e filha como deveria ser ou como é com ela e a Malu, por muito tempo isso me doeu, era como uma ferida aberta que nunca cicatrizava vivia sangrando, discutimos muitas vezes e eu falei como me sentia mais ela riu de tudo e me chamou de dramática todas as vezes.
Lembra quando eu disse que tenho dificuldade de expressar meus sentimentos? Então eu tenho e muita e quando fazia isso estava abrindo todo o meu coração estava ali nua e crua diante dela, me esforcei muito pra isso, mais como ela zombou de mim por diversas vezes resolvi me calar.
Minha mãe não me conhece e isso é um fato.
Minha mãe não conhece a minha história por completo, não sabe dos meus medos, inseguranças nem da maioria das minhas lutas, não conhece meu coração e 80% do que irei contar aqui ela nem faz ideia e provavelmente nunca fará.
Sempre quis que ela fosse meu porto seguro emocional e eu tentei ao meu modo eu juro que tentei, eu me esforcei tanto que quando estava quase conseguindo me abrir pra ela percebi no meio do caminho que não valia a pena que nossos muros eram sólidos demais, então criei mais um muro pra me proteger, não queria e nem precisava de seu julgamento eu sentia a dor das consequências sozinha e assim estava bom.
Acho que tudo começou a piorar na minha adolescência, foi quando tudo aconteceu , quando meu mundo desabou, as vezes sinto saudade dos dia ensolarados em que minhas preocupações eram mínimas, eu era tão inocente mais tão inocente que essa inocência me custou caro.
Continua...
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Bjss Erza.
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Diário,onde mora o coração...
Ficción GeneralEncostada numa árvore, admirando a natureza , lembrando das boas risadas e das grandes reviravoltas da vida, percebo que ter 26 anos as vezes pode ser cansativo, tudo que vi e vivi anotei em velhos cadernos, cartas e fotografias. Diários não guard...