Finalmente em paz...
Sim, Suzana estava ótima, estava vivendo um sonho.
Estava em seu cantinho, tendo seu espaço com seu bebê se sentindo acolhida e amada, amor finalmente amor.
Sentia que aquele era o segundo lugar no mundo onde as pessoas a amavam, sentia a diferença de não estar lá apenas por seu bebê, afinal Silvia também queria ser a mãe de sua filha, Lene respeitava sua maternidade e ao invés de tentar ser mãe do bebê resolveu ser mãe de Suzana.
Suzana arrumou um emprego e voltou a estudar, Lene sempre a incentivou a seguir seus sonhos e a buscar sua própria felicidade.
Lene era uma mulher forte, era à base de toda a família, ela e seu marido lutaram muito pra ter oque tinham.
Era aquele tipo de pessoa abençoada que tudo que toca próspera, ela transbordava amor,era incrível (um dia espero ser uma grande mulher assim como ela).
Lene devolveu a Suzana sua vontade de viver e trouxe esperança a uma menina que já havia se conformado com as desventuras da vida, ensinou a ela sobre amor próprio, família, princípios e deu oque ela mais precisava amor.
Às vezes penso em como toda história se encaixa perfeitamente em como Deus é perfeito, às vezes todas essas coisas me fazem acreditar em destino, sei que cada um de nós tem um proposito, mais até onde vai esse destino? Gostaria de descobrir e talvez passe a vida tentando.
Bom eu e a Raquel fomos criadas como irmãs. Nunca houve diferença entre nós duas, tia Lene e tio Vi (ele se chamava Wilson mais era conhecido como Vi, era um apelido.)me tratavam igual a Quel ,estudei nas mesmas escolhas que ela, ganhava roupas iguais as dela, tinha brinquedos aos montes, sempre me amaram da mesma forma.
Tio Vi foi a minha primeira referência de pai e até hoje é.
Ele trabalhava como dentista de cavalos num jóquei perto de casa, acho que a minha paixão por cavalos começou nessa época, (eu sempre sonhava com eles, eles falavam comigo e eu corria livre ao seu lado era mágico) eu adorava quando íamos os três pro jóquei, voltávamos imundas de tantos brincar com os cavalos, era perfeito.
Adorava quando meu tio chegava do trabalho pra almoçar sempre carinhoso com a gente, sem contar que eu parecia aqueles integrantes do fome zero, já tinha almoçado mais não perdia a oportunidade de ir comer do prato do meu tio, tia Lene ficava muito brava era engraçado.
Eu e a Quel tivemos uma infância maravilhosa, mais deixávamos todos da casa enlouquecidos com nossas brigas, eram tapas, muros e muita gritaria. Eu era mais nova então sempre apanhava da Quel.
Ficamos de castigo tantas vezes que eu nem consigo lembrar, apanhamos muitas também, nós parecíamos dois galos de briga.
Há me esqueci de falar Megan e Saulo se casaram quando eu tinha três anos eles se mudaram pra Palmas, vinham sempre nas ferias de fim de ano , e eu e a Quel claro brigávamos pela atenção deles.
Minha mãe continuou estudando e trabalhando ela estava um pouco atrasada no colegial, tia Lene a incentivou a namorar, até que ela arrumou um boyzinho mais foi coisa rápida.
Nas ferias de julho íamos a Palmas visita-los, eu adorava era tão bom, viajávamos muito de ônibus.
Naquela época viajar de avião era coisa de gente muito rica, hoje em dia já acho os olhos da cara imagina naquela época.
Mais era muito gostoso fazer viagens de ônibus fizemos tantas que eu e a Quel decoramos o caminho e as paradas afinal sempre fazíamos o mesmo destino.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Diário,onde mora o coração...
Genel KurguEncostada numa árvore, admirando a natureza , lembrando das boas risadas e das grandes reviravoltas da vida, percebo que ter 26 anos as vezes pode ser cansativo, tudo que vi e vivi anotei em velhos cadernos, cartas e fotografias. Diários não guard...