Subjugados |Taekook Livro 1| ABO

Prólogo

Olhar para todos os cômodos - que nem eram muitos - da casa onde eu morei a vida inteira, e saber que esse seria meus últimos minutos aqui me doía, e muito.
Há menos de três meses, eu e minha omma vivíamos aqui, sozinhos e felizes, a doce mulher que foi mãe e pai para mim desde que nasci, pois meu pai havia a abandonado assim que descobriu que ela estava grávida, fez de tudo para que eu crescesse e fosse um bom ômega para viver nessa sociedade problemática e repleta de alfas que acham que podem controlar tudo e todos, sempre acima dos betas e ômegas, como se fôssemos seres inferiores por nossas fraquezas e submissão. Mas não foi isso que Kim Jiwoo, minha falecida mãe, me ensinou. Ela cuidou para que eu não cometesse o mesmo erro que ela cometeu quando jovem e se permitisse se submeter á alfas e se deixar levar pela fragilidade dos seus instintos e atitudes de sua natureza, ela me ensinou a não abaixar minha cabeça para ninguém, ser forte e acreditar em meus sonhos, aprender a controlar meus sentimentos e ser bem mais que um ômega frágil.

Aos dez anos de idade, Jiwoo me incentivou a cogitar a usar supressores para invalidar meu cio, pelo menos até eu encontrar um alfa, ou seja lá qual for a pessoa por quem eu me apaixonar, assim eu estaria protegido e não perderia o controle caso meu cio chegasse. E desde que meus ciclos de cios chegaram eu realmente comecei a usar os comprimidos, e nunca deixei meu cio chegar desde então.

Minha omma também me fez prometer que estudaria e faria faculdade, e eu cumpri essa promessa, com sorte ela pôde ver quando me formei antes de partir e isso é uma das coisas que me deixa feliz, ver que boa parte de seus sonhos se realizaram antes dela morrer daquela forma tão trágica e terrível. Agora, vendo as paredes azuis claras da minha casa com todos os meus móveis sendo carregados para um caminhão de mudanças, lá fora, me permito chorar com uma tristeza que jamais senti antes, esse lugar cheio de boas lembranças, momentos puros e sorrisos sinceros que eu e ela compartilhamos aqui...

- Sr. Kim? - um dos carregadores para no batente da porta da sala e me lança um olhar acolhedor. - o táxi está a sua espera, suas coisas também já estão no caminhão.

- certo, obrigado.

Ele assente e eu olho uma última vez para a casa que estarei - com muita tristeza - deixando para nunca mais voltar. Pego minhas duas malas com poucas roupas e jogo minha mochila nos ombros para partir de Daegu. Trancar a casa parecia ainda mais difícil, mas eu consegui, na calçada, no meu jardim sempre bem cuidado, estava uma placa de vende-se, e não tinha ninguém me esperando do lado de fora para me dar um abraço de despedida, era apenas o táxi que me levaria para o aeroporto e o caminhão que seguiria para Seul, na frente.

- adeus, minha velha casinha...

E então eu parti.

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Os capítulos não seguirão curtos assim, esse é somente o Prólogo, okay? Amanhã teremos mais!

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