Subjugados |Taekook Livro 1| ABO

Epílogo

- promete que vai mandar mensagem todos os dias?

O dia da viagem havia chegado e Jungkook já estava de partida para Los Angeles. Nós passamos a semana inteira juntos, nem mesmo fomos para empresa, pois Jeon havia pedido folga para nós dois e, estranhamente, Dongyul havia concordado. Jungkook dormiu em minha casa todas as noites e durante os dia nós arrumávamos algo para fazer, um lugar para ir, chamávamos Jimin também, quando ele chegava de seu trabalho, quando estávamos a sós, no meu quarto, Jeon me embalava debaixo de seu corpo e nós nos amávamos até que o cansaço nos tomasse.

Eu não queria deixar ele preocupado ou com um pé atrás na viagem que faria a trabalho, mas eu sentia uma grande vontade de dizer para ele não ir e me deixar por tantos dias, que, por mais que eu confiasse nele, tinha medo de que Yuto fizesse algo e os dois acabariam se envolvendo, eu não sei! Eu só gostaria de que ele ficasse em casa como nesta última semana e não fosse nunca mais para longe de mim.

Estávamos no lado de fora do prédio do meu apartamento, seu segurança/motorista estava a sua espera, no lado de fora do lindo Maserati e eu estava abraçado ao alfa há mais de cinco minutos.

- pela enésima vez, sim... - Jeon riu enquanto acariciava meu cabelo, não aparentando querer me soltar também. - e você me promete que irá se comportar, se alguém ousar chegar perto de você na empresa me fale e eu o demitirei na hora!

- tá bem. - resmunguei mais alto e choraminguei. Que Deus me ajude, eu não quero ficar longe dele por tanto tempo.

- amor. - Jungkook segurou meus braços para me afastar dele e me olhou com o rosto lindo, franzido. - agora eu preciso ir, você vai ficar bem?

Minha vontade era de dizer que não e que ele deveria cancelar essa viagem para sempre, mas não seria justo com ele e também seria egoísmo de minha parte. Ele iria para trabalhar e nada mais, eu tinha que entender isso e me acostumar.

- eu vou sim, não se preocupe.

Ele sorriu e me deu um beijo quente, forte, necessitado, delicioso por vários segundos, como se fosse nossa primeira ou última vez. E depois de alguns selinhos e um último abraço, meu namorado caminhou em direção o carro e me mandou um beijo antes de finalmente entrar e seguir viagem até o aeroporto.

Um aperto estranho subiu em meu peito quando o carro se perdeu na esquina e eu já não podia o ver mais, como um pressentimento ruim. Não era de agora que sentia isso, todas as vezes que falávamos sobre sua viagem algo fervia em meu interior e sentia que iria desabar, mesmo sem saber o motivo. E havia os enjôos que agora não davam trégua, sempre um atrás do outro, mas ocultei isso do alfa sempre que podia, pois não o queria preocupado por nada.

Como outro mal presságio, balancei a cabeça e uma leve dor me subiu, o aperto no peito se intensificou até eu sentir um frio na barriga e um nó se formar em minha garganta. Quando dei por mim, já estava correndo para o elevador e rezando para chegar antes que algo desagradável acontecesse.

Abri a porta do apartamento, passei direto por meu amigo – que estava se arrumando para ir trabalhar enquanto via os noticiários da TV – e fui correndo para o banheiro, quase não dando tempo de eu chegar até a privada e vomitar praticamente nada, pois eu nem havia tomado café da manhã ainda. Eu só sentia um ânsia terrível, chegando a me fazer lacrimejar.

- Tae? - Jimin apareceu imediatamente no banheiro. - o que houve?

Me levantei após uns minutos recuperando a respiração, Jimin me ajudou a me levantar e eu escovei meus dentes para tirar o gosto horrível da minha boca.

- eu... Fiquei enjoado de repente. - Jimin tocou em meu rosto e pescoço para verificar se eu tinha febre, mas eu mesmo sentia que não era nada disso.