- então? - Dongyul deu mais três passos pra dentro da sala, estranhamente em minha direção, mas ele olhava apenas para o filho. - vão me dizer o que está havendo aqui?
- trabalhando, senhor Jeon, não está vendo? - arregalo os olhos em direção a Jungkook que caminha de volta para sua cadeira. Uma mistura de cheiros se instala na sala, e o do Dongyul é o que mais me incomoda. - estava passando as informações da viagem para o Kim, ele virá comigo para Los Angeles amanhã.
Minha respiração trava em seu caminho e eu sei que estou vermelho pela falta de ar. Isso não é a melhor forma de desviar nosso assunto de seu pai, e eu não tinha certeza se queria estar perto de Jungkook, em Los Angeles, em um hotel onde estaríamos só nós dois sem ninguém da empresa para vigiar e ser capaz de fazer qualquer fofoca caso nos vissem tão próximos como estávamos a três minutos atrás.
Dongyul me fuzila com seu olhar castanho e com pequenas rugas nos cantos, eu não sei se ele não gosta de ninguém na face da terra ou se existe algo em particular para que ele não fosse com a minha cara, mas eu não me importo muito com isso, na verdade, eu só estou pensando em como fingir estar de acordo com essa idéia de ir viajar com meu chefe.- irá levá-lo? Mas ele só está aqui a mais de uma semana, não sei se seu assistente fará um bom trabalho lá.
- justamente isso que você disse, ele é meu assistente, e está fazendo um bom trabalho desde que começou. - me defendeu, Jungkook, sua voz é controlada, mas posso ver aquela dita veia saltando de seu pescoço. - ele irá comigo e é essa minha decisão! Kim, você já pode ir para casa, amanhã quero que esteja aqui mais tarde, somente para irmos ao aeroporto, até amanhã.
Ao se dirigir a mim, Jungkook suavizou o olhar minimamente, mas ele havia errado nessa decisão. Bem, ao menos ele poderia ter me dito essa questão ao invés de dizer coisas que fizeram meu coração disparar, como uma parada cardíaca.
Ainda paralisado por sequer poder ajustar essa decisão, apenas assenti para ele e pedi licença antes de sair da sala e deixar que pai e filho se alfinetassem dentro daquele escritório. Peguei o elevador após passar em minha sala e pegar minhas coisas, e assim que chego no térreo saio o mais apressado possível do prédio, não há nenhum lugar em que eu conheça para que eu pudesse me refugiar e me distrair do que acabara de acontecer naquela empresa, que parece só ter me dado problemas desde que pisei nela, como se fosse um carma pesado demais para que eu pudesse suportar, mas como eu não suportaria se a nova base que me mantém nessa louca gravidade trabalha diariamente alí, e pior, essa base é o fodido do meu chefe!Como dizia minha falecida mãe, amar é fodido e é preciso estar com a cabeça preparada para suportar tantas preocupações e inseguranças que vem com algo complicado de mais, até mesmo quando tudo é certo. o que não é o meu caso com o Jungkook, nosso laço não é certo, essa nossa atração um pelo outro não é nada certo!
- por quê ele não é velho e feio, omma?! - falo com ela enquanto aperto os cabelos como um louco, já começo a chamar a atenção de poucos olhares na rua. Não me importo. Só tentava manter meus pensamentos em ordem para chamar um táxi e ir embora dalí.
🐇🦁
- Taetae! Que surpresa você aqui tão cedo! - eu fui parar bem no andar do meu melhor amigo. Estava transpirando e nervoso como um inferno. Assim que ele percebeu que eu não sorriria, sua mão puxou meu braço para dentro de seu apartamento e eu fui logo me sentando no sofá amarelo dele. - o que houve, você está passando mal?
- Jimin, eu estou tão fodido!
- por quê, o que você está falando? - meu amigo veio mais para perto e sentou junto á mim no sofá.
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Subjugados |Taekook Livro 1| ABO
RandomTaehyung, um ômega de apenas vinte e três anos, foi obrigado a ter que se mudar da cidade onde nasceu e cresceu após a morte de sua mãe em um acidente de carro. Ao chegar na nova cidade, Taehyung faz uma pequena entrevista bem no meio de uma reunião...