Chapter 1

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Meu despertador soou às 06h00 da manhã, uma hora antes do horário que eu devia me levantar, mas eu precisava me antecipar para ter certeza que não me atrasaria para a entrevista.

Ainda morto pelo cansaço de ontem me sentei na beirada da cama de casal que minha mãe dormia e esfreguei o rosto com as mãos, não seria o suficiente para me acordar, mas servia como uma preliminar.
Pela educação que tive, me manter em pura determinação se tornou algo natural, eu jamais chegava atrasado quando o assunto era escola, faculdade ou trabalho, sempre fui pontual e responsável. Algumas ômegas me odiavam por eu ser denominado o preferido dos alfas e betas do colégio, mesmo nunca me entregando a ninguém, e por conta do meu cheiro, ainda era muito desejado pelos alfas e betas nos locais que costumava estudar e trabalhar.

Posso dizer que sou educado, gentil, doce e simpático como todos os ômegas devem ser, mas eu só não sou tão submisso como a maioria e isso é o que me faz um "ômega esnobe". Suspirando, decidi me levantar para tomar meu banho matinal, minhas roupas ainda estavam nas malas, eu arrumaria tudo quando voltasse pro apartamento. Tirei da mala meu terno de cor camel, uma camisa social branca e a calça social que formava o conjunto do terno. Deixei meus sapatos sociais perto da cama, meus brincos e colar em cima da cama para não acabar esquecendo enquanto termino de me arrumar. Procurei por meu ferro de passar e passei a roupa antes de ir para o banheiro tomar meu banho.

Não podia negar, eu estava numa mistura de nervosismo e euforia por estar prestes a conseguir um emprego, estou ciente que mesmo em tempos modernos, os ômegas são como assessórios nas empresas, pois atraem a clientela. Principalmente os que não são marcados por seus maridos ou mulheres alfas, mas era um desafio que eu teria que enfrentar e aceitar.

Passei alguns minutos debaixo do chuveiro, a água gelada pra me manter acordado mas depressa, e após terminar o banho, evitei de passar produtos que tinham um cheiro atrativo para os alfas, o que não faria diferença já que meu cheiro natural de rosa silvestre é atrativo o bastante, sem falsa modéstia. Fiz uma chapinha no meu cabelo que recentemente havia pintado de loiro e sai só de cueca para o meu quarto, me apressando para vestir aquele conjunto inteiro do terno novo, comprado por minha omma como presente de formatura. Eu só havia vestido uma vez, apenas.

Pela falta de tempo não pude fazer compras, meu armário e minha geladeira estavam vazios e seria mais uma coisa que eu teria que fazer ao sair da empresa. Decidido a tomar café pelo caminho, eu só peguei a pasta contendo meus documentos, coloquei o celular no bolso da calça social e com chaves em mãos, eu tranquei a porta e segui meu caminho para o covio de pessoas temperamentais e rabujentas pelo horário dobrado de trabalho.

A viagem de táxi não havia sido muito demorada, morar em Gangnam tinha suas vantagens, principalmente se meu trabalho fica mais perto do que eu pensei que - não - seria.

Antes de vir para esta cidade eu já havia me adiantado em conseguir uma entrevista na Jeon's Modern Design, uma empresa de arquitetura moderna mais conhecida em toda Coreia pelos seus designers modernos e de grande porte, contratados por grandes empresários de nomes muito conhecidos.

Parado na frente do estiloso prédio e de andares que eu sequer fazia idéia de quantos eram, talvez uns 27, observei melhor como tudo esbanjava luxúria. Seu formato se semelhava a uma espiral, as duas laterais continham janelas espelhadas com vidro fumê, e logo acima das portas duplas automáticas, cravada em letras de fôrma prateadas estava o nome da empresa.

Assobiei em apreciação ao lugar sem nem ter entrado antes e tomei coragem para entrar no prédio.

A recepção ficava no final no grande salão com aparência tecnológica, exemplares de algumas criações feitas pelos arquitetos que trabalham, ou trabalhavam aqui, distribuídas em espécies de miniaturas por todos os lugares. Ainda admirando as coisas e as pessoas a minha volta, me aproximei da recepcionista, que pela estatura e o corar de suas bochechas, além do aroma leve e agradável, é ômega. Ela, assim como o ambiente inteiro, era linda, porém adorável. Seu cabelo era preto e curto, na altura de seu pescoço, vestia uma camisa social branca com renda que ia de seu pescoço até a barra, e havia um laço que ficava abaixo da gola e também uma saia bege com botões estilosos na lateral, No seu pescoço estava pendurado um crachá que me dava a visão de seu nome, Im Nayeon. me aproximei do balcão sorrindo simpático, recebendo um tímido e doce vindo dela.

Subjugados |Taekook Livro 1| ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora