Love Is A Laserquest - Alex Turner Fanfiction (Arctic Monkeys)

My Mistakes Were Made For You, Capítulo 11

Alexander

Eu estava muito satisfeito comigo mesmo. É claro que foi culpa minha tudo ter ruído, mas Nick me ajudou a ver o quão otário eu estava sendo. "Ela não te deu motivos pra você agir assim", "Acha que ela mentiria em todas as reações que teve? Como alguém finge ficar vermelho de vergonha?" e eu agradeci a ele demais por isso.

Quando ela me beijou na porta da cafeteria, eu soube que tinha feito a escolha certa. Seus lábios macios e quentes encontraram os meus e era como se eu dançasse sob as estrelas.

- Eu tenho que ir agora - ela disse olhando para os pés, tímida, as bochechas vermelhas - Beat quer explicações.

- Corra lá e corra para mim depois.

Ela sorriu e me abraçou.

- Te vejo mais tarde, Al.

E saiu correndo de volta para a agência.

Todos já haviam ido, fiquei sozinho no hotel, a cabeça zunindo. Eu nunca imaginaria aquilo quando cheguei ali. A vida nos pregava peças.

Minha mãe requisitava minha presença em Sheffield, mas eu estava adiando aquele assunto. Eu ainda não sabia o que fazer e precisava falar com Ariana sobre essas questões geográficas e isso me dava medo, pois eu sabia que seria o nosso principal problema.

Peguei o violão, feliz, depois de muito tempo.

Por volta das 16h ela chegou trazendo donuts, os cabelos soltos, tinha tirado o moletom e estava com uma camiseta do De Volta Para O Futuro.

- Chamamos de "sonho" - me corrigiu quando falei donut.

- Ah, eu chamarei de donut - falei reparando que não tinha o furo característico da rosquinha - espero que não se importe, mas Geoff devolveu o quarto em que vocês ficavam - falei baixinho.

- Não me importo - ela sentou-se na cama ao meu lado - Beat me deu uma comida de rabo, e disse pra que eu "controlasse meu namoradinho arrogante" - ela sorriu, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha. Eu gargalhei:

- "Namoradinho arrogante?" ele estava super puxando meu saco quando cheguei, dizendo que amava a banda e tudo mais!

- Ele é um bajulador quando se trata de fechar contratos, a matriz cobra algumas metas - ela suspirou pegando um donut - mas nunca mais faça isso!

- Vocês têm uma matriz? - perguntei, minha mente articulando um novo plano.

- Sim, temos filiais e a matriz em Los Angeles... Por quê? Ah... - ela hesitou - não me diga que está pensando...

- É exatamente o que estou pensando - interrompi - você pode tentar pedir transferência.

- Beat jamais me liberaria - resmungou enquanto tirava o tênis - ele pega no meu pé, mas ama meu trabalho, eu sei disso.

- Olhe Ari... Eu preciso ir a Sheffield e eu não sei como vamos fazer isso.

- Você pode ir a Sheffield e voltar para cá - falou se recostando no meu ombro, o cheiro de cerejeira me fazendo lembrar daquele beijo.

- A banda não vai estar em pausa para sempre, por favor, você tem que pensar nisso.

Ela se levantou.

- Eu vou ver com ele.

- Se você for comigo, nem precisa se preocupar com isso.

- Com isso o que? - cruzou os braços, marrenta.

- Emprego, é claro - bufei.

Ela pareceu profundamente ofendida, seus lábios se contraíram numa linha fina. Me arrependi de ter falado.