Love Is A Laserquest - Alex Turner Fanfiction (Arctic Monkeys)

Catapult, Capítulo 3

Ariana

Se tinha uma coisa que eu amava no mundo era aquela banda. Até uma tatuagem no braço, próximo do pulso, eu tinha. E os shows! Alguns gostam de filmes, outros de baladas, outros de festas. Eu amava os shows e para mim aquilo era o paraíso, apesar do cansaço e do empurra-empurra: o paraíso. Graças às credenciais ficamos na área VIP, e encontramos vários artistas lá, principalmente atores e atrizes. Eu tinha a concepção que meu dia não poderia ter sido melhor. Cobrimos todo o evento, sem incidentes, Beat parecia extremamente satisfeito - o que era raro -, vimos minha banda preferida tocar e agora o show tinha acabado. Eu poderia descansar, finalmente.

Finalmente.

- Nem pensem nisso, senhoritas! – disse Beat quando eu e Olivia começamos a nos direcionar para a saída.

Lá vem.

- Pensei que estivéssemos livres, Beat – Olivia fez um beicinho.

- Sim e não. O organizador do evento vai dar uma after party e adivinhem qual agência foi convidada para a mesma?

- A Concept – respondi sarcástica.

- Claro que sim! Nós vamos e vamos já. Perry pediu para o assistente dele vir até nós, então nós temos que ir – ele bradou, autoritário.

Revirei os olhos.

- Beat, estamos exaustos – murmurei.

- Verdade, Beat – completou Murillo, o câmera da equipe – andamos o dia inteiro, cara.

- Adicional noturno e um bônus de um dia de folga para todo mundo que for – Beat respondeu calmamente.

Olhamos uns para os outros e demos de ombros.

- BELEZA! – respondemos em uníssono.

[...]

O assistente de Perry, Mark, nos enfiou na van mais chique que eu já tinha visto na vida. Ela tinha luzes por todos os cantos, bebidas e aperitivos. Eu amava martinis e lá estavam eles, então aproveitei. Estávamos em 10 e eu aproveitei o trajeto para tirar um breve cochilo, antes que o cansaço me vencesse na casa alheia. Olivia e Júnior especulavam sobre quem achavam que estaria na festa, Beat olhava o celular, ansioso. Eu sabia que ele queria fazer networking, mas quais as chances?

Chegamos a uma mansão enorme, circundada por um muro alto, branco, portões gigantes que davam para um jardim colossal, com fonte, árvores, bancos e luzes. Eu nunca pensei que aquilo pudesse existir fora dos filmes... Estava deslumbrada.

Mark nos guiou para dentro e fiquei ansiosa, com medo de não estar em trajes apropriados já que tudo ali parecia muito requintado. Os martinis começaram a fazer o efeito esperado e eu já me concentrava para me forçar a falar outra língua nas próximas horas enquanto caminhava por uma estrada de pedra polida que levava à entrada principal da casa.

As portas da mansão tinham, facilmente três metros de altura cada, feitas de vidro e estavam abertas. Beat liderava nosso grupo e Mark, apontando a entrada disse:

- Sejam bem-vindos e sintam-se à vontade. O senhor Farrell já se encontra no recinto. Divirtam-se.

Quando entrei, não consegui acreditar no que via. Se o luxo tinha uma definição, era aquele lugar. Lustres de cristal, quadros em molduras de ouro, um bar do tamanho da minha casa no salão principal. E todos os artistas da noite reunidos num só lugar.

Congelei.

Pelo menos ninguém está usando nada de gala.

Olhei para Olivia, sem acreditar. A boca dela estava aberta em um perfeito "o". Eu estava prestes a ter uma crise, "os artistas da noite estão aqui" a minha mente ecoava.