Capítulo 24.

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Callie Torres Robbins

Medo, no dicionário estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência. Na realidade, o pior dos sentimentos. Tudo que eu sentia era esse medo de perder minha mulher e minha filha, fora a gigante preocupação com Luke que foi preocupado e com medo para casa da madrinha.
  O desespero pra sair de casa foi tamanho que eu nem percebi que estava de calça e blusa sociais e chinelo, meu topete só estava arrumado porque eu já tinha o feito antes de ir preparar o café da manhã.
   Quando vi o médico vindo, o desespero tomou conta de mim, eu necessitava de notícias, estava a agoniantes horas ali.

- Bom, eu vim até aqui para tranquilizar a família, a Dra Stevens fez todo o possível, mas como em qualquer caso de fertilização, é bem comum que talvez isso aconteça, e sua esposa estava anêmica, deixando assim o bebê sem proteínas, então mesmo temos feito o possível...

- O QUE HOUVE CARALHO? - Eu já não aguentava mais, ele enrolando só estava me dando mais desespero. Percebi que quando gritei e cresci pra cima do pobre rapaz, ele arregalou os olhos. - Desculpe, só me diga como minha esposa e filha estão, por favor.

Ele respirou fundo e o medo voltou para meu corpo.

- Elas estão bem, senhora. A notícia era que mesmo fazendo o possível não conseguimos evitar o parto.

Eu suspirei aliviada, o sorriso tomou conta do meu rosto, e as lágrimas se formaram nos meus olhos.

- A Sofia nasceu? - Perguntei já chorando.

- Sim, eu só não posso permitir que a senhora a segure agora, mas pode ir vê-la e depois ir ver sua esposa, se quiser.

Eu abracei o doutor e ele ficou rígido assustado certamente.

- É claro que eu quero, é tudo que eu mais quero. - virei pro pessoal na sala de espera da obstetrícia, a maioria homens. - ouviu isso galera? Minha filha nasceu!!! Ela nasceu.

Eles riram e me deram parabéns, me abraçaram e felicitaram. Todos haviam acompanhado meu desespero desde o momento que eu cheguei.
Segui com o doutor até o vidro aonde eu podia ver a Sofia, colocaram um "capote" em mim, luvas e permitiram minha ida até a incubadora, Sofia está dormindo e o meu sorriso foi gigante ao vê-la, minha filha!

Sofia é linda, tanto quanto Arizona, apesar de ser prematura ela é grande, gordinha, o rostinho redondinho me faz lembrar Luke, os cabelos ainda estão escuros mas eu tenho certeza que vão clarear, e eu não duvido que ela tem os olhos de Ari e suas lindas covinhas.
Depois da permissão de uma das enfermeiras, seguro a mãozinha de Sofia.

- Oi, filha.- falo emocionada. - Aqui é mama, eu me apaixonei por você no momento em que te vi pela primeira vez na imagem do ultrassom, sabia? Eu me apaixonei por você quando ouvi as batidas do seu coração e tive certeza de que você crescia dentro de sua mãe. Eu me apaixonei ainda mais por você agora te vendo pela primeira vez, finalmente conhecendo seu rostinho, igual de sua mãe. Eu te garanto que você terá o máximo de mim sempre. O máximo do meu amor, da minha proteção e da minha vida! Eu te amo muito pequena, por todos os dias da minha vida. Eu juro.

Depois de ficar mais um tempinho ali, eu tive que sair. E fui até o quarto que Arizona estava, por coincidência ela estava acordando, ela não sabe absolutamente de nada.

- Oi, meu amor...- eu sorri e me aproximei dela, só que a emoção de tudo me fez chorar.

- Callie? O que houve? - ela tentou sentar reclamando de dor. - Aconteceu alguma coisa com nossa filha?

Eu sorri e a beijei.

- Ela é simplesmente linda, Arizona. Ela é igual a você, uma miniatura sua amor - ela sorriu.

- Ela está bem? - eu assenti sorrindo. - Nossa filha nasceu amor, ela nasceu. - Arizona estava radiante.

- Eu tive tanto medo de perder vocês duas. - falei triste.

- Mas estamos aqui, estamos bem, viu? E cadê o Luke? Eu não sei nada do que aconteceu.- Ari disse demonstrando confusão.

Eu passei as mãos em seu cabelos e beijei sua testa.

- O Luke está com a Lexie, ela veio até aqui buscar ele, e você me deu um susto entrando em trabalho parto e ainda desmaiando no meu colo. Eu queria ter estado ao seu lado no momento que Sofia chegou ao mundo, tanto tanto. - falei sentida.

- Eu sei que sim, amor. Mas por que Sofia nasceu prematura?

- Bom, a Doutora mandou dizer que...

Nesse momento a porta foi aberta e a doutora Stevens entrou me complementando.

- ... Que isso é bem normal em casos de fertilização e que a Mamãe se descuidou nessa gravidez desenvolvendo uma anemia, né? - olhei séria para Arizona a repreendendo e sorri para Dra. - Prazer, Dra Stevens.

- Muito prazer, Dra. - Cumprimentei.- Eu sou Calliope, a esposa.

- Esta é minha esposa. - eu comprimi uma risada e percebi que a Doutora também. - Poderia me explicar o que houve?

- Claro...

A doutora explicava e nós prestávamos bastante atenção em tudo. Quando por fim, ela nos deu as orientações corretas, ela deu a notícia que Arizona ainda não poderia ver Sofia, Arizona deu uma crise, xingou a médica e colocou eu e ela para fora do quarto, eu me desculpei com a doutora e liguei para saber de Luke, conversei com ele que a irmãzinha já estava aqui e sua mãe estava bem, ele ficou mais calmo. Lexie disse que eu poderia ficar tranquila que Mark vai viajar e ela vai ficar com ele, o que me aliviou bastante. Tentei ir até o quarto de Arizona mas ela me negou e disse que quer ver a Sofia. Eu tentei conversar com a Dra Stevens mas ela disse que não poderia permitir, tinha que esperar uma semana pelo menos.
Eu fui até Sofia, e fiquei a olhando pelo vidro.

- Vai ser uma linda semana filha...

The Perfect Choice - CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora